As cores dos alimentos são determinadas pela presença de pigmentos naturais que além de colorir desempenham atividades biológicas na prevenção e na proteção do organismo contra doenças infecciosas, com propriedades antioxidantes dentre outros. É importante destacar que o consumo de alimentos ricos em carotenoides é de extrema importância, pois estes compostos não podem ser sintetizados pelos organismos humano, sendo a única fonte de aquisição por meio da ingestão de alimentos ou suplementos ricos em tais substância. Assim, de acordo com o que foi apresentado este trabalho teve por objetivo desenvolver uma metodologia simples para extrair e quantificar os teores de carotenoides em amostras de tomates consumidos na cidade de Nova Cruz – RN. Assim, amostras de tomates Carmem em diferentes estágios de maturação foram adquiridas na feira local da cidade, sendo selecionadas em bancas de hortaliças e posteriormente submetidas à procedimento de sanitização com água corrente e detergente, seguido de lavagem com água destilada e secagem com papel toalha; após esta etapa, as amostras foram armazenadas em geladeira a 4ºC para posterior extração e análise do teor de carotenoides. Para a extração dos carotenoides das amostras (aproximadamente 50,0g) de tomates verdes e vermelhos, foram utilizadas as seguintes sequências de uso de solventes: Éter-etílico (50ml) para extração inicial. A mistura foi macerada e rotaevaporada (40ºC) até formação da fase etílica. Parte do extrato foi transferido para tubos do tipo Falcon® de 15,0 mL, sendo avolumado com Hexano (Dinâmica Química) para posterior medida espectrofotométrica por meio de varredura de 800 a 200 nm. Nos espectros obtidos na varredura das amostras de tomates vermelho, não foram observadas distinções entre a varredura do branco e dos extratos com 17,1 mg de extrato. Ao aumentar a massa de extrato utilizada, foi possível observar as bandas de absorbância para os carotenoides presentes nas amostras de tomates vermelhos. As bandas referentes aos carotenoides foram observadas ao se aumentar a massa de extrato utilizada para 528 mg (aumento de aproximadamente 30 vezes). Assim, em cerca de 495 nm foi possível observar a banda de absorbância para o Licopeno; já em 464 nm tem-se uma banda de absorbância para o β-caroteno; em 438 nm pode-se observar uma banda de menor intensidade de absorbância relacionada à presença de α-caroteno. De acordo com os resultados obtidos, o carotenoide em maior concentração nas amostras de tomates avaliadas foi o Licopeno (75,6 ± 0,4 µg g-1 (n = 3)), seguido do β-caroteno. O valor esperado para tomates vermelhos maduros se encontra na faixa de 30 a 80 µg g-1. Todavia, este valor pode chegar a cerca de 300 µg g-1 quando são utilizadas técnicas experimentais para seleção de frutos. Já o teor de β-caroteno encontrado nas amostras de tomate vermelho foi de 11,6 ± 0,6 µg g-1 (n = 3). Vale ressaltar que o consumo de tomates verdes na região agreste potiguar é considerável, sendo empregado em diversas preparações ou mesmo em saladas. Com isso, os resultados indicam que do ponto de vista nutricional, os tomates vermelhos são mais promissores.