RESUMO: A meningite neonatal é uma doença infecciosa aguda grave com elevada mortalidade e morbilidade, evoluindo com sequelas neurológicas graves e permanentes. A reação inflamatória envolve as meninges, o espaço subaracnóideo e os vasos parenquimatosos do cérebro e contribui para a lesão neuronal. Os patógenos responsáveis são geralmente Streptoccocus grupo B, Escherichia coli, Listeria monocytogenes e, menos frequentemente organismos gram-negativos (Klebsiella, Enterobacter e Pseudomonas). O presente artigo objetiva analisar fatores relacionados ao diagnóstico e suspeita clínica de meningite neonatal. Trata-se de uma revisão bibliográfica composto de artigos publicados e selecionados das bases de dados das plataformas, PubMed, UpToDate, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico e revistas eletrônicas de saúde, aplicando os seguintes descritores: Meningite Bacteriana, Doença Infectocontagiosa, Diagnóstico. Os aspectos relacionados ao momento do parto e aos cuidados durante sua assistência são fatores determinantes de maior risco para a ocorrência de meningite no período neonatal. Sendo os sintomas da infecção sutis, inespecíficos ou por vezes ausentes, por isso o diagnóstico prévio é difícil, visto que não há teste diagnóstico definitivo; além disso, a hemocultura e demais exames de culturas de líquidos biológicos e de secreções do organismo apresentam uma baixa incidência de resultados positivos (baixa sensibilidade). Dessa forma, é prioritário para o diagnóstico de meningite neonatal a suspeita clínica, visto que é uma patologia de difícil investigação, na qual o manejo precoce influencia decisivamente no prognóstico, sendo fundamental que se conheçam e identifiquem os fatores de risco presentes em nosso meio.