A popula??o de crian?as verticalmente expostas ao HIV demanda cuidados em sa?de al?m do habitual, considerando as recomenda??es brasileiras de profilaxia da transmiss?o vertical. A necessidade de um cuidador se mostra imprescind?vel, no momento em que ? ele quem prestar? o cuidado a sa?de desta crian?a e a presen?a de apoio dos profissionais de sa?de na orienta??o adequada fortalecem o cuidado no dia a dia. Nos casos em que um ou ambos os pais est?o infectados pelo HIV e seus filhos s?o expostos, infectados ou n?o, a revela??o da condi??o sorol?gica ocorre apenas no seio familiar, em raz?o do afastamento social e configurando a rede de apoio restrita. Objetivo: avaliar a capacidade familiar para cuidar de crian?as expostas ao HIV. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa com delineamento transversal anal?tico. A popula??o contempla os cuidadores de crian?as nascidas expostas ao HIV, com idades entre zero a 18 meses de idade, em acompanhamento permanente de sa?de nos servi?os especializados do estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. O campo de coleta de dados ser?o 17 munic?pios que comp?em o ranking dos 100 munic?pios com mais de 100 mil habitantes, segundo ?ndice composto de HIV: Porto Alegre, Alvorada, Rio Grande, S?o Leopoldo, Sapucaia do Sul, Viam?o, Gravata?, Cachoeirinha, Canoas, Passo Fundo, Erechim, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Bag?, Uruguaiana e Santa Maria. Projeto aprovado pelo CEP/UFSM (CAEE: 50609615.1.0000.5346 parecer: 2.325.793). Resultados parciais: No munic?pio de Santa Maria, a coleta de dados teve in?cio em 2016 e conta com popula??o pesquisada de 87 cuidadores de crian?as expostas ao HIV. A capacidade global para cuidar foi alta 90,8% (n=79) e moderada 9,2% (n=8) dos cuidadores. A capacidade para administrar a profilaxia antirretroviral foi alta 92% (n=80), moderada 1,1% (n=1) e baixa 2,3% (n=2), al?m disso, 4,6% (n=4) sem resposta em raz?o de hospitaliza??o da crian?a durante o per?odo. A capacidade para preparar e administrar alimenta??o l?ctea foi alta 89,7% (n=78) e moderada 10,3% (n=9). A capacidade para preparar e administrar alimenta??o complementar foi alta 81,6% (n=71) e moderada 13,8% (n=12), al?m de 4,6% (n=4) que n?o estavam em alimenta??o complementar no momento da coleta. A capacidade para administrar a profilaxia com sulfametoxazol + trimetoprima foi alta para 87,4% (n=76), moderada 9,2% (n=8) e baixa 1,1% (n=1), al?m disso, 2,3% (n=2) ainda n?o estavam recebendo a profilaxia. A capacidade para garantir a ades?o ao acompanhamento cl?nico e vacina??o foi alta 98,9% (n=86) e moderada 1,1% (n=1). Conclus?o: A articula??o do conhecimento entre as pr?ticas de assist?ncia, pesquisa e educa??o, ? fundamental para garantir a compreens?o adequada do cuidador de crian?as expostas ao HIV entre a orienta??o dos profissionais e a pr?tica do cuidado realizada no cotidiano. A avalia??o da capacidade para cuidar de crian?as expostas ao HIV, na perspectiva dos 17 munic?pios do RS, pode apontar as demandas de aten??o em sa?de necess?rias a essa popula??o, fundamentais para garantir o cumprimento das a??es de profilaxia da transmiss?o vertical e favorecer a redu??o da epidemia do HIV no estado.