A pesquisa que ora se apresenta visa levar a cabo, em sua fase inicial, a an?lise de pol?ticas p?blicas em desenvolvimento para pessoas que vivem com HIV/Aids na Regi?o Oeste da Bahia. Nesse primeiro momento, ser?o alvo desta investiga??o tanto as pol?ticas emanadas de inst?ncias superiores, em especial o Minist?rio da Sa?de, quanto pol?ticas e condutas municipais, com foco no CTA ? Centro de Testagem e Aconselhamento. Como pode ser observado nos ?ltimos relat?rios da UNAIDS, o n?mero de infec??es pelo v?rus HIV tem subido vertiginosamente nos ?ltimos anos, em especial nas popula??es jovens de homossexuais e homens que fazem sexo com homens. Partindo dessa premissa, este estudo ? norteado por tr?s questionamentos e/ou problematiza??es: a) a efic?cia das referidas pol?ticas e b) a inclus?o dos sujeitos LGBT em a??es de sa?de p?blica e c) a qualidade das tecnologias moles e duras nos servi?os de sa?de voltados para o combate ao HIV-AIDS. A pesquisa que ora se prop?e, portanto, n?o apenas visa a mapear as pol?ticas que desde os organismos institucionais p?blicos se formulam, como ainda pretende, se embasar em saberes m?dicos e fatos concretos, apoiando-se em estudos sobre g?neros e sexualidades, sob uma ?tica queer, culminando na formula??o de estrat?gias voltadas principalmente a sujeitos LGBT que enfrentam a epidemia do HIV-AIDS, de modo a oferecer uma contranarrativa oposta ao olhar higienizador e moralizante que tanto afeta estes indiv?duos - sujeitos carreadores de um duplo estigma: a vulnerabiliza??o g?nero-sexual e o conv?vio com uma doen?a, por vezes latente, historicamente associada a condutas compreendidas como s?rdidas e lascivas. Trata-se, a pesquisa, por fim, n?o exclusivamente de um fazer cr?tico, mas tamb?m propositivo, uma vez que, em sua fase secund?ria, pretende pensar com e para as popula??es LGBT estrat?gias de enfrentamento ao HIV/Aids. A investiga??o repousa ainda no seio da relev?ncia social regional, ao preocupar-se em um contexto focal (Regi?o Oeste da Bahia) desassistido de pol?ticas p?blicas voltadas diretamente para a comunidade LGBT e v?tima de uma gest?o em sa?de ca?tica, que ainda caminha para o que deveria ser. Apesar do recorte regional, o estudo n?o perde a magnitude nacional, haja vista a parca parcela de saberes cient?ficos emp?ricos sistematizados acerca do fazer m?dico-social dos CTA para com sujeitos os LGBT e seus impactos na promo??o e preven??o de sa?de em segmentos populacionais tidos como vulner?veis para infec??o HIV-AIDS.