O presente artigo discorre sobre a Educação de Jovens e adultos (EJA), relacionando-a ao exercício da cidadania. Apresenta algumas reflexões sobre a história dessa modalidade de ensino na prática pedagógica e o fortalecimento da cidadania a partir de ações cotidianas que são realizadas na escola, baseando-se na teoria progressista, dando ênfase a valorização dos conhecimentos prévios como base para construção dos novos conhecimentos. Apresenta ainda análise dos dados levantados sobre os conhecimentos dos alunos da (EJA), acerca de seus direitos e suas expectativas quanto aos conhecimentos adquiridos na escola. Após o equacionamento das respostas observou-se que os alunos ainda não estão tendo informações básicas sobre seus direitos enquanto cidadãos, percebe-se que os participantes dessa modalidade de ensino precisam sentirem-se sujeitos de direitos para efetiva participação nas estruturas político-econômico-social e cultural da sociedade em que estão inseridos. Nesse sentido é notável que o sistema de educação precise focar em medidas especiais com o objetivo de eliminar as desigualdades que ao longo da história foram acumuladas e, se organizar de forma articulada de maneira que possa assegurar a oferta, manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e modalidades, considerando que a Educação de Jovens Adultos e Idosos demanda um tratamento que se adeque com a realidade dos seus participantes, diverso ao atribuído à da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, dando-lhe condição de ser um agente de transformação a serviço da cidadania e da mudança social, como ensinava o educador Paulo Freire. Não cabem mais em nosso contexto educacional escolas que não atendam aos anseios políticos e sociais de seus educandos.