Introdução: O processo de envelhecimento configura-se em diversas mudanças, dentre elas o aumento de doenças crônicas degenerativas que impõem inúmeros desafios para os serviços de saúde e exigem propostas mais articuladas, que abrangem as necessidades específicas dos idosos em situação de fragilidade. Muitas dessas fragilidades estão relacionadas à dificuldade de locomoção, sendo necessária uma assistência diferenciada, destacando-se a atenção domiciliar como uma das ações voltadas para esse público alvo. Objetivo: Relatar as visitas domiciliares aos idosos do território adscrito pela Unidade de Saúde da Família - Curado II / Equipe 2, realizada pela equipe multidisciplinar dos residentes, com um olhar para a Atenção a Saúde do Idoso. Desenho do estudo: Estudo observacional do tipo relato de caso. Métodos: Foram avaliados 16 idosos em visitas domiciliares no período de 30 dias pela equipe multidisciplinar de residentes, constituída por fisioterapeuta, fonoaudióloga, psicóloga e nutricionista, além da médica, enfermeira e apoio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da unidade. Os instrumentos de coleta de dados utilizados basearam-se na avaliação multidimensional rápida do Caderno de Atenção à Saúde do Idoso, visando acompanhá-los em suas residências, favorecendo avaliação das condições sociais e de saúde, supervisão dos cuidados prestados, controle dos fatores ambientais, bem como, a prevenção de complicações e internações, incluindo avaliação social, de estresse e sobrecarga do cuidador. Resultados e Discussões: A maioria dos idosos atendidos possui mais de 70 anos, com rede familiar restrita, entretanto, com qualidade no suporte prestado e existência de cuidador, atuante e informado. Reconhecemos certa fragilidade diante da ausência de suporte institucional efetivo na rede, como por exemplo, o Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD). Identificamos ainda que os principais cuidados prestados foram os paliativos. Conclusão: A visita domiciliar permite a continuidade do tratamento para idosos, oferecendo suporte ao cuidador e uma atenção ampliada em seu próprio espaço de moradia. Possibilita não apenas o conhecimento do universo cultural e relacional do idoso, mas, sobretudo, a construção de uma ação pautada na integralidade da atenção, articulando redes e políticas, cuidando do idoso e de sua família nas suas diferentes dimensões e a partir de abordagens complementares e interdisciplinares.