O aumento do número de casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida entre idosos tem sido descrito mundialmente. Objetivou-se com esta pesquisa identificar o perfil clínico-epidemiológico da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida em idosos no Brasil por meio de um estudo retrospectivo, de fonte secundária e natureza descritiva com abordagem quantitativa; realizado no período de abril a junho de 2017 utilizando informações provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Controle de Exames Laboratoriais de CD4/CD8 e Carga Viral e Sistema de Informação de Mortalidade. A população do estudo foi constituída pelos casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida notificados no Brasil entre 2000 a 2015. Como amostra, selecionou-se os casos ocorridos em pessoas com 60 anos ou mais de idade. As variáveis utilizadas foram: sexo, raça/cor, grau de escolaridade, região de notificação e categoria de exposição hierarquizada ao vírus da imunodeficiência humana. Constatou-se um crescimento linear do número de casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida na população idosa no Brasil nos últimos anos, com maior prevalência na Região Sudeste. Observou-se uma predominância do número de casos em homens heterossexuais, de raça/cor branca, apresentando ensino fundamental incompleto, entre a faixa etária de 60 a 69 anos de idade. O elevado número de casos corrobora com o envelhecimento da epidemia e reforça a necessidade da efetivação de ações voltadas à promoção da saúde e prevenção da contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana e desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida a partir do empoderamento da comunidade, em especial da pessoa idosa.