O aumento do envelhecimento da população mundial demanda que os cirurgiões-dentistas estejam aptos a realizar intervenções em pacientes senis. No tratamento odontológico tem sido descritos sentimentos de ansiedade de forma frequente. Vale ressaltar que o controle da ansiedade é um fator intrínseco ao sucesso da prática odontológica, visto que podem ser desencadeadas sérias complicações no estado de saúde, que podem até ser fatais, devido às alterações fisiológicas com a liberação aumentada de corticóides e catecolaminas em situações de estresse psíquico. Os fármacos ansiolíticos do grupo dos benzodiazepínicos são os mais prescritos para o controle da ansiedade. Dado isso, o intuito deste estudo é discorrer sobre o uso dos benzodiazepínicos na odontologia, além de enfatizar a essencialidade de que a abordagem do paciente seja norteada pelos princípios do holismo em saúde, de modo que sejam considerados os fatores sistêmicos relacionados ao indivíduo. O estudo é uma revisão sistemática da literatura, onde foram realizadas pesquisas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas bases de dados LILACS, BBO, MEDLINE, BDENF e DeCS, além da consulta de livros com temática relacionada ao referido trabalho. Foram analisados artigos publicados entre 1986 e 2016, em inglês e português. Assim, vale ressaltar que no ato da prescrição de benzodiazepínicos devem ser consideradas as alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas observadas na velhice, bem como a presença de patologias e o uso concomitante de outros medicamentos. Em suma, é necessário que a saúde do paciente seja preservada, de forma que o sistema estomatológico e os outros sistemas recebam atenção paritária durante a terapêutica odontológica.