MARCON, Scheila et al.. Polimedicação e uso de psicofármacos em idosos longevos. Anais V CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/34718>. Acesso em: 22/11/2024 01:05
Objetivou-se neste estudo avaliar a prática de polimedicação e o uso de psicofármacos em idosos longevos residentes no município de Chapecó, Santa Catarina (SC). Trata-se de uma pesquisa analítica descritiva de corte transversal, realizada no território de três Centros de Saúde da Família (CSF) do município. O universo populacional foi composto de 142 idosos com 80 anos ou mais, cadastrados nestes territórios. Para a coleta de dados foi utilizado o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para avaliação da capacidade cognitiva e o questionário adaptado de Morais. Os resultados evidenciaram um predomínio do sexo feminino (71,1%). A idade média da população foi de 85,17 ± 4,57. Entre os entrevistados, 66,90% eram viúvos, 66,90% sabiam ler/escrever e 91,50% eram aposentados. Dos idosos entrevistados, 88,03% utilizavam algum tipo de medicamento, com uma média de 4,47±3,09 medicamentos por idoso e 52,80% eram polimedicados. Não houve associação estatisticamente significativa entre polimedicação e sexo e escolaridade (p> 0,05). Em relação ao uso de psicofármacos, verificou-se uma prevalência de 29,57%. Entre os psicofármacos mais utilizados houve predomínio da classe dos antidepressivos (64,3%), seguido dos ansiolíticos (benzodiazepínicos) (23,81%). A prevalência no uso de medicamentos, a polimedicação e o uso de psicofármacos entre os idosos longevos foi elevada, o que pode contribuir para o aumento de reações adversas, internações hospitalares, intoxicação e iatrogenias, demonstrando que há um caminho a ser percorrido em relação à mudança do modelo de saúde vigente.