As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) são a denominação que o Ministério da Saúde (MS) deu ao que se tem chamado na literatura científica internacional de Medicinas Alternativas e Complementares. Refere-se a um conjunto heterogêneo de práticas, produtos e saberes, agrupados pela característica comum de não pertencerem ao escopo dos saberes/práticas consagrados na medicina convencional (BRASIL, 2006).Uma das práticas integradas as PICS, está a auriculoterapia. Ela é uma reflexologia que trata o pavilhão auricular como um microssistema onde está projetado o corpo humano, possuindo definições na superfície externa da orelha, cujo mecanismo de ação se assemelha ao sistema somatotópico do córtex cerebral. Nesta prática, o estímulo é aplicado em pontos que se relacionam diretamente com o cérebro, e este, por sua vez, atua de forma reflexa sobre os órgãos (SANTOS e TESSER, 2012).Partindo de toda história e benefícios das Praticas Integrativas e Complementares e experiência como enfermeira da Estratégia Saúde da Família (ESF), após um curso de formação em auriculoterapia para profissionais de saúde, sentiu-se a necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre o assunto e buscar na literatura o uso da auriculoterapia por enfermeiras da atenção básica com o objetivo de aplicar a técnica e avaliar a eficácia desse procedimento nos idosos. Para o desenvolvimento do estudo realizou-se uma revisão integrativa da literatura. A seleção dos artigos aconteceu em agosto de 2017. Para a seleção dos artigos foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigo completo, que contemplasse o uso da auriculoterapia pela enfermagem em pessoas idosas, publicado no período de 2012 a 2016, o texto deveria estar disponível on-line ou em material impresso, redigido em português. Esse olhar holístico as pessoas idosas integram as funções do enfermeiro, contribuindo com a redução do desconforto desses usuários dos serviços de saúde que, em alguns casos, vai além daquele proveniente das intervenções clínicas e tratamentos alopáticos. Para tanto, consideram-se as experiências existenciais dos clientes, permitindo a expressão de seus sentimentos. Neste processo, o exercício da escuta torna-se primordial para que sejam alcançados os objetivos do tratamento com participação total do cliente e assim a aplicação da auriculoterapia com seu caráter menos invasivo e confortante Dos artigos encontrados, 06 se encaixaram nos critérios de inclusão pré- estabelecidos, sendo percebido que a pesquisa traz uma reflexão as circunstâncias em que se pauta o uso de PICS, em destaque a auriculoterapia, pelos enfermeiros da Atenção Básica e os fatores da sua aplicabilidade no cuidado ao idoso. Ainda é preciso ampliar o conhecimento em torno dessas práticas, discutir o tema nos espaços acadêmicos, produzir pesquisas na área. Além de incluir os usuários nesta discussão, os fazendo participar efetivamente desse processo de escolha e de cuidado propriamente dito, contribuindo com o exercício da cidadania e a implementação plena das políticas nacionais voltadas às PICS e ao Humaniza-SUS.