O acidente vascular encefálico (AVE) acomete grande parte da população idosa, se caracteriza pela instalação de um déficit neurológico focal súbito e não convulsivo, ocorre quando os vasos sanguíneos cerebrais são bloqueados ou se rompem e são classificados em dois tipos: isquêmico e hemorrágico. É a principal causa de doença incapacitante no mundo, o que representa um grave problema de saúde pública. As principais sequelas do AVE tanto isquêmico como o hemorrágico são a hemiplegia contralateral, afasia, disgrafia, agnosia. Os fatores de risco do AVE são idade acima de 60 anos, hipertensão, diabetes mellitus, tabagismo, variáveis socioeconômicas, fatores étnicos e hábitos alimentares. O objetivo é apresentar a incidência e epidemiologia da morbidade por AVE em idosos na região Centro-Oeste no período de 2012 à 2016. Este é um estudo descritivo, com dados da vigilância epidemiológica referente a morbidade por AVE na região centro-oeste, do ano de 2012 à 2016. A análise foi detalhada pelas seguintes variáveis, sexo, cor/raça, faixa etária de 60 a 80 anos e mais, lista do CID-10 de casos de AVE não especificado como isquêmico ou hemorrágico, regime de atendimento e região de internação. Os dados foram coletados pelo TABNET, as tabelas e gráficos feitos pelo software Microsoft Excel 2010. No período de 2012 à 2016 houve 24.474 casos de AVE na região centro-oeste. O estado de Goiás (GO) apresenta-se com o maior índice de casos, com um total de 12.736 casos, o estado do Mato Grosso Do Sul (MS), em 2° lugar com 5.504, Distrito Federal (DF) com 5.477, e em último Mato Grosso (MT) com 757 casos. O sexo masculino foi o mais afetado com 13.048 casos, e o sexo feminino com 11.466. Pode identificar que os serviços privados são mais procurados no estado DF, e ao demais MT, MS e GO são mais procurados o serviço público. Observa-se que a raça parda foi a mais atingida com 7.514 casos, em seguida a branca com 4.405 casos, preta com 287 casos, amarela com 259 e indígena com 42. Como o AVE acomete, na maioria das vezes, o idoso, deixando-o em uma situação desfavorável, torna-se importante investigar o impacto causado por essa patologia. Em um estudo epidemiológico observacional-transversal que o objetivo era rastrear as pessoas com diagnóstico de AVE entre os 4.154 idosos da cidade, dos 122 casos registrados com AVE, 61 eram do sexo masculino (50%) e 61 do sexo feminino (50%); 73 (60%) estavam registrados como brancos e 49 (40%) como negros, não confirmando com os achados do nosso estudo, que teve mais casos no sexo masculino, e a raça mais acometida foi a parda. Portanto a importância de saber a incidência do AVE e o número de hospitalizações na população idosa, se dá para nortear intervenções, como o atendimento de fisioterapia, tanto na fase inicial quanto a fase tardia, para a manutenção da capacidade funcional e da autonomia dessa população.