A mudança no perfil populacional é atribuída ao acesso a bens e serviços, informações, hábitos alimentares e de higiene e à evolução da médico-científica que melhoraram a qualidade de vida e a longevidade. Esse processo conhecido em países desenvolvidos, tornou-se objeto de estudos em distintas áreas de conhecimento, no Brasil, que até pouco tempo era um país jovem. Na arquitetura e urbanismo, o tema do envelhecimento ganhou relevo a partir da Constituição de 1988, ampliando-se com a Política Nacional do Idoso (1994) e legislações para a acessibilidade e inclusão social, ressaltando o Estatuto do Idoso (2003) e o Estatuto da Pessoa com Deficiência (2015). O debate sobre a realidade dos idosos, no país, repercute cada vez mais na atuação dos arquitetos urbanistas e na academia, através de pesquisas e interesses de estudantes, na orientação de Trabalhos Finais de Graduação (TFGs), por projetos arquitetônicos para o idoso como moradia, centros de acolhimento e convivência, espaços culturais e de lazer, instituições de longa permanência e de assistência à saúde. O objetivo desse artigo é apresentar duas experiências de TFGs de estudantes de arquitetura e urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFAL, Campus Maceió (AL), sobre idosos, um condomínio residencial e um centro de convivência, para mostrar as peculiaridades e abrangência desses trabalhos, através dos quais observam-se o contexto social, as políticas públicas ou a falta dessas, os desafios e as soluções espaciais propostas pelos estudantes, ainda que idealizadas, para responder a demandas para as pessoas idosas.