No processo do envelhecimento, ocorrem várias alterações fisiológicas, psicológicas e sociais em que se faz necessária certa adaptação às várias mudanças que poderão acontecer. Esse fenômeno segue uma linha contínua e gradual que é caracterizada por várias transformações e alterações ao longo do tempo. Desta forma percebe-se que os grupos de convivência são ações que buscam uma melhora nas condições dos idosos no nosso país. De um modo geral, esses espaços visam promover momentos de lazer e de diálogo para que os idosos tenham autonomia e possam viver com mais liberdade. Nesses grupos, também são desenvolvidas outras atividades, como esporte, educação, atividades físicas, artesanais entre outros. O presente trabalho é um relato de experiência de ações desenvolvidas no projeto de extensão “Chá das cinco – Conversando e convivendo com idosos” que tem como objetivo desenvolver rodas de conversa sobre a história de vida e identificar novas perspectivas existenciais dos idosos participantes, bem como fornecer um espaço terapêutico, de trocas e de apoio mútuo através das rodas de conversa, proporcionar atividades lúdicas que possam desenvolver habilidades e promover a saúde física e mental desses indivíduos. O projeto é desenvolvido quinzenalmente na própria universidade. Os encontros acontecem há dois anos e participam, em média, 10 idosos por encontro, sendo, em sua maioria, mulheres. A divulgação do projeto é feita pelos discentes via convites em suas próprias residências e ligações feitas pelos membros do grupo. As ações realizadas visam desenvolver a autonomia, socialização e independência dos participantes, são escolhidas pelos alunos juntamente com a coordenadora do projeto e pela demanda que os idosos sugerem. Dentre as oficinas realizadas no projeto, foram feitas atividades manuais como pinturas e artesanatos, onde muitas mostraram suas habilidades de várias formas, e ainda, algumas atividades que realizam no seu dia a dia. Além das atividades descritas foram realizados alongamentos, dança, ballet, dinâmicas que representaram datas comemorativas, como por exemplo, o Outubro Rosa e Novembro Azul, bem como também algumas rodas de conversa para debater e tirar dúvidas. É de grande relevância mostrar a importância da criação de grupos de convivência para idosos, bem como também a implantação destes no campo da universidade, onde os alunos aprendem desde cedo a conviver e trabalhar na atenção primária de saúde com este público que é ainda bastante vulnerável, gerando assim vários benefícios tanto para os idosos que conseguem ter momentos de lazer, descontração e aprendizado como para os estudantes que conseguem adquirir e desenvolver novas habilidades. Diante disto, vê-se o grande valor que tem os grupos de convivência para idosos no âmbito da atual situação de saúde do nosso país, contribuindo assim para a diminuição de várias doenças crônicas e ampliando novos horizontes e novas perspectivas para a população idosa que só vem crescendo mundialmente e que precisa de um aporte maior.