O envelhecimento é geralmente acompanhado do comprometimento das funções cognitivas, sendo a memória uma das habilidades mais afetadas, tornando-se fator agravante para interferir nas relações sociais e/ou nas atividades de vida diária. Estudos afirmam que os neurônios lesados podem ser substituídos funcionalmente por circuitos nervosos alternativos e que estes podem adaptar-se frente a estímulos e a modificações de sinapses.O processo de reabilitação visa compensar a perda da região alterada, através de uma reorganização das áreas não afetadas, que ocorre através de estímulos provenientes do meio externo, o uso da reabilitação cognitiva por meio de leituras e práticas de exercícios pode melhorar o funcionamento cognitivo do público idoso e contribuir para a manutenção da boa qualidade de vida e do bem-estar psicológico na velhice. Ciente da dinâmica cerebral e do impacto causado pelas lesões desta área, no comportamento humano, a Terapia Ocupacional visa tratar os indivíduos, a fim de promover o maior grau de autonomia na realização e/ou adaptação das atividades que fazem parte de sua rotina, para uma melhor interação no contexto e consequentemente melhoria na qualidade de vida. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo principal, apresentar um caderno de exercícios como estratégia de reabilitação cognitiva para idosos. Trata-se de um estudo descritivo, explorativo, desenvolvido a partir da vivência de Estágio Supervisionado em Terapia Ocupacional 1, no Ambulatório de geriatria de um Hospital Universitário, no período de maio-junho de 2017. O caderno “50 exercícios para Estimulação Cognitiva: A Culinária em Evidência”, utilizado com alguns dos idosos em acompanhamento ambulatorial, contém exercícios de estímulos cognitivos, com a temática culinária, explorando também, memórias autobiográficas relacionadas ao tema. Foi realizada uma análise das demandas apresentadas pelos idosos, bem como, uma análise da atividade a ser realizada nas intervenções. O objetivo da estimulação cognitiva é resgatar as funções comprometidas, estimular as áreas bloqueadas e desenvolver os potenciais remanescentes do paciente.Concluiu-se que o caderno proposto como estratégia para reabilitação cognitiva, não só auxiliou as intervenções, como proporcionou prazer e satisfação aos pacientes que realizaram uma atividade significativa onde apresentavam domínio sobre a temática abordada.