Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta frequentemente pessoas acima de 65 anos, em que a demência é uma das afecções mais devastadora. A demência é uma deterioração grave da capacidade intelectual previamente adquirida, em que interfere na atividade ocupacional ou social. Não fazendo parte do processo normal do envelhecimento e piora com o tempo. As demências são incuráveis, mas cabe aos profissionais de saúde implantar intervenções a nível psicossocial, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida para esses pacientes. Objetivamos descrever a experiência no cuidado a paciente portadora de Alzheimer, a fim de perceber o seu cotidiano, o enfrentamento e adaptação encontrada pelos cuidadores. Este estudo trata-se de um relato de experiência, realizado nos meses de Agosto e Setembro de 2011. Como estratégia para coleta de dados, realizamos visitas domiciliares, onde pudemos observar uma idosa com 88 anos, portadora de Doença de Alzheimer. O estudo permitiu correlacionar a vivência da prática com a vida acadêmica, facilitando assim a nossa percepção das situações relevantes. O cenário de estudo foi à residência da idosa localizada no Município de Campina Grande. O sujeito do estudo foi à senhora MDVN com 88 anos, viúva. Utilizamos a observação participante como estratégia para sistematizar as informações da realidade observada, permitindo compreender e descrever os eventos da experiência, considerando seus determinantes e significados. A experiência foi de grande importância para nós, acadêmicas de enfermagem, visto que, poucos profissionais estão preparados para vivenciar um cuidar domiciliar a um idoso na fase final da patologia, que requer preparo físico e psicológico para conviver e cuidar. Percebemos na prática o desgaste e o estresse gerado no cuidar desse paciente por necessitarem de cuidados e atenção redobrada, mas com o emprego da interdisciplinaridade e assistência humanizada nas nossas ações. Passamos a visualizar a irritabilidade, agressividade, mudança de humor e de comportamento. Através dessa experiência foi notório perceber que a atenção à saúde do idoso portador de Alzheimer, requer conhecimentos específicos no processo de envelhecimento e suas complicações. Acreditamos que a compreensão dos condicionantes do processo saúde-doença-cuidado, na prática, traga subsídios para a adoção de uma nova forma de pensar e agir diante dos casos de Alzheimer. Portanto, a experiência vivenciada veio contribuir na nossa vida acadêmica, pois nos fez observar a importância das nossas ações, a partir do momento que proporcionamos melhorias na qualidade de vida desses pacientes, na manutenção da segurança física, melhoria da comunicação, promoção de independências nas atividades de autocuidado e atendimento das necessidades. A experiência obtida está sendo repassada no nosso cotidiano, em ações de projeto de extensão na comunidade ou mesmo nos estágios, visto que o cuidado ao idoso deve ser de forma integral através do diálogo, com paciência e melhor acolhimento.