INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no Brasil e a hipertensão arterial está entre os seus principais fatores de risco. Nos idosos ela se destaca com uma prevalência que aumenta junto com a idade. A hipertensão arterial e as doenças relacionadas a ela são a causa principal das hospitalizações dos idosos e apesar dessa elevada prevalência e de suas sérias consequências na saúde do idoso, observa-se que existem dificuldades para aderir ao tratamento. Geralmente a hipertensão arterial não apresenta sintomas específicos o que dificulta o seu diagnóstico.De modo contraditório a hipertensão é facilmente detectável por meio da aferição da PA. Quando detectada o tratamento se divide em medicamentoso e não medicamentoso, que inclui atividades físicas e mudanças nos hábitos alimentares, por exemplo. Contudo, quando o tratamento deve ser medicamentoso a adesão se apresenta como uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos profissionais da saúde. A ausência da continuidade e compromisso do tratamento junto com a falta de responsabilidade deste paciente com sua patologia se torna o maior problema para o controle dos hipertensos. OBJETIVO: Conhecer através de uma conversa com uma idosa hipertensa os fatores que influenciam a dificuldade da adesão e continuidade do tratamento da hipertensão arterial. MATERIAIS E MÉTODOS: O trabalho é do tipo estudo de caso e o público alvo foi uma idosa internada no Hospital de Trauma de Campina Grande – PB. A conversa ocorreu durante o acompanhamento prático curricular, do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, no mês de Abril de 2013. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a conversa a idosa mostrou-se não esclarecida da sua patologia, relatando não saber lidar com uma dieta que ajude a controlar a hipertensão e não se mostrou motivada a acompanhar o tratamento de forma correta e prescrita. Foi identificada uma predominância relevante a não adesão aos medicamentos por motivos de: esquecimento, desmotivação pelo desconhecimento dos benefícios, rótulo de difícil identificação, variados medicamentos em horários que segundo a idosa eram impertinentes, sendo assim deixados alguns de lado. As orientações para adesão medicamentosa foram baseadas no esclarecimento da patologia, buscando assim facilitar o entendimento e desse modo motiva-la a aderir ao tratamento de forma que conheça os benefícios dos fármacos e da dieta adequada. CONCLUSÃO: Analisando o relato da idosa podemos notar a necessidade de uma atuação interdisciplinar, onde a equipe de saúde contribua para o esclarecimento dos idosos em relação à importância do tratamento, transmitindo informações e apresentando soluções que resolvam os fatores relatados. Fazendo com que a promoção da saúde seja atingida e contribuindo para o aumento da participação satisfatória de idosos ao tratamento da hipertensão arterial, visando o bem-estar e qualidade de vida desses que também necessitam de um cuidado em especial.