MACÊDO, Polyana Da Silva et al.. Depressão no envelhecimento x qualidade de vida. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/3184>. Acesso em: 13/11/2024 03:17
INTRODUÇÃO: Na população idosa, a depressão encontra-se entre as doenças mais frequentes, que elevam a probabilidade de desenvolver incapacidade funcional, desencadeando um importante problema de saúde pública, na medida em que inclui tanto a incapacidade individual como problemas familiares em decorrência da doença. Tais fatos somam-se à alta taxa de utilização de serviços de saúde e à diminuição da qualidade de vida. OBJETIVO: Mostrar os principais determinantes, que levam ao desenvolvimento da depressão no envelhecimento, e como essa doença interfere na qualidade de vida dos mesmos. METODOLOGIA: Para o embasamento teórico, consultamos artigos científicos oriundos da base de dados da BVS, LILACS e SCIELO, sendo utilizado um total de oito artigos compreendendo os anos de 2007 a 2012. RESULTADOS: Nos últimos anos, com o envelhecimento populacional a temática do idoso tem ganhado relevância, especialmente pelas doenças apresentadas por esta faixa etária da população, incluindo um elevado número de doenças psiquiátricas, especialmente a depressão. O idoso com sintomas de depressão frequentemente é negligenciado quanto ao diagnóstico e ao tratamento, o que altera sua qualidade de vida. A depressão costuma ser acompanhada por queixas físicas frequentes, insônia, dor, vertigem, suor excessivo, taquicardia, dentre outros sintomas. O paciente deprimido diminui o auto-cuidado, recusa-se a se alimentar, permanecendo por maior tempo restrito ao leito ou com pouca mobilidade física. Estes fatores, associados à debilidade clínica geral, podem diminuir a imunidade, com maior vulnerabilidade a processos infecciosos, já que frequentemente se observa que o idoso deprimido passa por uma importante piora de seu estado geral e por um decréscimo significativo de sua qualidade de vida. Existem três grandes determinantes que são importantes no surgimento da depressão nos idosos: (a) determinantes ambientais: o isolamento e a falta de convívio social, a ausência de trabalho, a morte do cônjuge, e a desvalorização social e profissional; (b) determinantes genéticos: predisponentes para a depressão em idades tardias; e (c) determinantes orgânicos: que se referem à enorme variedade de doenças orgânicas que podem apresentar sintomas desta natureza. Sobre a qualidade de vida dos idosos, esta depende sobretudo dos seguintes determinantes: a) possuir autonomia para executar as atividades do dia-a-dia; b) manter uma boa relação familiar e/ou com o exterior; c) ter recursos económicos suficientes; e d) realizar atividades lúdicas e recreativas constantemente. A manutenção de relações sociais com o cônjuge, com os familiares e, sobretudo, com amigos, favorece o bem-estar psicológico e social dos idosos. CONCLUSÃO: Só conhecendo esta população e as suas necessidades, é que poderemos ajudá-la onde mais necessitam, através do desenvolvimento de intervenções direcionadas à promoção da saúde no idoso e ao envelhecimento ativo. Idosos que vivem em situações de maior solidão apresentam uma diminuição da qualidade de vida, comparados a idosos mais ativos socialmente. Deste modo, considera-se que seria bastante útil criar e implementar programas de habilidades sociais, específicos para a terceira idade. Favorecendo assim, a interação social, a diminuição da depressão e consequentemente, o aumento da qualidade de vida do idoso.