INTRODUÇÃO: A população de idosos no Brasil tem aumentado bastante nos últimos anos, no entanto, ao relacionar o tema da sexualidade a essa população específica é visto que esta ainda é permeada de tabus, tanto pela sociedade quanto por eles próprios. Sob este prisma, o sexo feminino se destaca como o que mais sofre com preconceitos, uma vez que a mulher é avaliada constantemente pela aparência física e por sua capacidade reprodutiva. Quanto à trajetória histórico social das idosas, a dificuldade na negociação do uso do preservativo e também no pressuposto de que há imunidade por vivenciarem um relacionamento duradouro merecem ênfase. Neste sentido, não reconhecer os idosos como população vulnerável, é um fator contribuinte para o aumento do número de casos de HIV entre as pessoas com 60 anos ou mais. OBJETIVO: Identificar publicações que enfatizem a sexualidade na mulher idosa e a vulnerabilidade as ISTs. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, realizada no mês de abril de 2013 a partir das bases de dados LILACS, BDEnf e Scielo. Para a seleção dos artigos utilizou-se os seguintes descritores: AIDS, terceira idade e idosa, atendendo aos seguintes critérios de inclusão: ter sido publicado de 2007 a 2011; estar disponível na íntegra e em língua portuguesa. RESULTADOS: Foram encontradas 27 publicações, das quais apenas 6 se adequaram aos critérios. Nestas, evidenciou-se que a questão social afeta diretamente a sexualidade das idosas, pois por muito tempo foram reduzidas à função de procriação, quando havia um período para iniciar e outro para finalizar a vida sexual. É notória a submissão feminina nas relações de gênero e poder, sendo historicamente oprimida, subjugada, tendo seu poder limitado às relações afetivo-sexuais. Nas discussões aponta-se que, de forma consciente ou não, em algum momento do relacionamento optam por submeterem-se as vontades do parceiro e, comumente, não fazem uso do preservativo. Assim, por vivenciarem um relacionamento estável, ao propor a utilização do preservativo muitas vezes são contestadas pelos seus companheiros, que alegam falta de confiança e se sentem desacreditados pela esposa, deixando-a mais exposta ao acometimento por ISTs. CONCLUSÃO: Embora haja relevância, são poucos os trabalhos que abordam a temática. Ademais, os profissionais de saúde muitas vezes não reconhecem a importância necessária, em virtude da ausência de qualificação para trabalhar tal aspecto com esta população em especial.