Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e de caráter crescente, as projeções demográficas para o ano de 2025 estimam uma população de 32 milhões de idosos, representando quase 15% da população total brasileira. Este quadro demográfico, aliado as novas formas de estruturação familiar com números, cada vez menores de integrantes, com maior quantidade de indivíduos envolvidos em atividades laborais extradomiciliares, bem como, o abandono apontam para o aumento da procura a Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) como alternativa para continuidade de cuidados. Objetivo: Relatar a experiência obtida durante os estágios do VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde) realizada em uma Instituição de Longa Permanência (ILP). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência baseado nas vivências do VER-SUS, uma estratégia do Ministério da Saúde vinculada há diversas instituições, com a finalidade-de contribuir na formação de atores sociais críticos e sensíveis a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Tal experiência ocorreu na Cidade de Picos localizada no centro-sul piauiense, no período de quinze a vinte e sete de julho de 2012, totalizando 156 horas de atividades de extensão. Resultados e Discussão: A partir das observações e conversas com os cuidadores e institucionalizados, percebeu-se fragilidades no serviço oferecido aos idosos, uma delas, a falta de uma equipe multiprofissional, pois a ILP contava somente com uma enfermeira, recentemente admitida, um fisioterapeuta, uma técnica de enfermagem e mais seis funcionários responsáveis pela limpeza do local e promoção da higiene de 16 idosos, demostrando assim a precariedade dos cuidados assistências à saúde. Outra se trata da ausência de um sistema de apoio governamental a instituição, que é mantida apenas pelos salários dos institucionalizados e por doações, além de não conter uma estrutura adequada como é instituído pela RDC nº 283/2005. Diante da realidade observada, afirma-se à necessidade de desenvolvimento de um plano de cuidados mais adequado, com apoio governamental e de uma equipe multiprofissional qualificada, integrada e comprometida em proporcionar assistência de forma humanizada e atenta as necessidades de cada individuo contemplando todos os aspetos biopsicossociais e emocionais do processo de envelhecer. Conclusão: Envelhecer com qualidade de vida rodeada de respeito e segurança é um direito de todos. A lei n° 10.741/03, que dispõe sobre o estatuto do idoso e outras prerrogativas, no art. 49 aborda que as ILPs adotaram os princípios de preservação do vínculo familiar e inclusão do idoso nas atividades comunitárias, além de proporcionar um ambiente digno e apropriado, oferecendo cuidados médicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos. Promovendo atividades educativas, culturais, de lazer, entre outras, esse conjunto de ações são primordiais para manutenção de um envelhecimento saudável.