IntroduçãoO cuidador informal é a pessoa, membro ou não da família que cuida de um indivíduo doente ou dependente no exercício das suas atividades diárias sem exercer atividades privativas da enfermagem. Essas atividades muitas vezes passam a ser desgastantes principalmente quando a pessoa cuidada é um idoso que depende de mais atenção e cuidados específicos, e quando não há uma assistência adequada dos profissionais de saúde. A tensão e o cansaço sentidos pelo cuidador são prejudiciais não só a ele, mas também à família e ao objeto do cuidado. São constantesrelatos de depressão, tristeza, violência contra a pessoa idosa, estresse e cansaço físico por parte dos cuidadores.Objetivos: O presente estudo teve como objetivo levantar as principais dificuldades relatadas pelos cuidadores de idosos internados no Hospital Universitário Alcides Carneiro, no ato de cuidar e suas consequências para o relacionamento com o idoso. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal, com uma amostrade 181 cuidadores de idosos, os quais foram entrevistados através de um questionário pré-estruturado no Hospital Universitário Alcides Carneiro entre o período de maio a dezembro de 2012. Resultado: Como resultado, 34% dos cuidadores se queixaram de dificuldades no cuidado, dos quais, 22% relataram teimosia ou insistência demasiada por parte do idoso e 21% relataram limitação física (para, por exemplo, ajudar o idoso acamado a levantar-se ou mover-se). Além disso, 21% relataram já terem perdido a paciência com o idoso, tendo 50% deles já elevado o tom de voz ou discutido com o idoso. Conclusão Este estudo obteve resultados em parte condizentes com a literatura, ondeconcordam que a internação e a condição de dependência do idoso impõem desafios ao cuidador informal e podem prejudicar a convivência entre eles. Entretanto, percebemos que a quantidade de cuidadores que mencionaram sentir de dificuldades no cuidado parece ter sido ocultadapor eles mesmos, pois muitas vezes, sentirem culpa por pensar que ao admitir dificuldades, estariam, de certa forma, reclamando do idoso, fragilizado pela doença, inocente de seus atos.O envolvimento intensivo no cuidado do idoso, portanto, priva o cuidador da prática de lazer, submetendo-o a situações de tristeza, inquietação, ansiedade e apreensão, o que prejudica sua qualidade de vida, levando em consideração tanto seu estado psíquico quanto orgânico. Portanto, torna-se indispensável que os profissionais de saúde entendam a importância de cuidar tanto do idoso quanto do seu cuidador, compreendendo o papel deste e assistindo-os de maneira sistemática e responsável para prevenir os riscos e diminuir os danos à saúde de ambos.