Atrair pessoas criativas e qualificadas seria, segundo Florida (2002), uma política eficaz de desenvolvimento regional. A obra do americano, analisa como as classes criativas se comportam nos territórios que ocupam. Trazendo os conceitos da obra para o Brasil, percebe-se uma distância entre o discurso e a realidade. O artigo busca identificar, por meio de pesquisa quanti/quali, como empreendedores mineiros, que atuam em atividades criativas, se enxergam neste mercado. A pesquisa foi realizada com 182 empreendedores, participantes de atividades promovidas pelo Sebrae MG em 5 cidades do interior mineiro, com o objetivo de entender a forma como eles se identificam enquanto classe criativa, seus conhecimentos sobre o conceito de economia criativa e a forma como buscam informações sobre o mercado em que atuam. Dentre os principais resultados, destaca-se a maior participação do público feminino (57,14%) entre os participantes, o descolamento do conceito de criatividade como diferencial dos negócios para 68% dos entrevistados, o desconhecimento do conceito de economia criativa para mais de 76% da amostra e a utilização da internet como canal de informação para mais de 92% dos empreendedores pesquisados.