PERCEPÇÃO DO FISIOTERAPEUTA SOBRE OS CUIDADOS PALIATIVOS EM IDOSOS TERMINAIS
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Para o idoso, percebe-se que o estado de terminalidade possibilita a vivência da morte e do morrer em seu cotidiano, muitas vezes com a manutenção do ideário de angústia e sofrimento, pois a doença impõe fragilidade, provocando a certeza da mortalidade e da finitude da existência, principalmente em seus familiares. É de fundamental importância que o profissional de saúde que lida com idoso terminal, tenha consciência da correlação entre o envelhecimento e a finitude da vida e que a mesma é uma etapa do ciclo da existência do ser humano, cabendo a esse profissional e toda sua equipe, ter uma maior preocupação em relação à qualidade de vida do idoso assistido, aliviando os sintomas incapacitantes e mantendo a dignidade do paciente até o fim de sua vida. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo identificar a percepção do fisioterapeuta sobre os cuidados paliativos e a abordagem fisioterapêutica direcionados aos idosos terminais. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem qualitativa. A população de amostra foi composta por 10 fisioterapeutas do quadro docente do curso de Graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba FCM-PB, no município de João Pessoa/PB. Como instrumento para coleta de dados, utilizou-se a entrevista semi-estruturada, orientada por um roteiro previamente estabelecido pelos pesquisadores, formado por questões que buscavam identificar desde o conceito dos cuidados paliativos e da atuação fisioterapêutica na paliação até a receptividade do idoso a essa abordagem. As expressões dos entrevistados foram agrupadas e interpretadas de acordo com a abordagem de análise do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: Através dos discursos analisados, percebeu-se que os entrevistados, embora tenham um modelo conceitual adequado sobre cuidados paliativos e envelhecimento terminal, ainda não apresentam o ideário de qualidade de morte enquanto processo natural do ciclo de vida, evidenciado pela repetição do termo qualidade de vida em grande parte dos relatos obtidos. Em sua maioria, os entrevistados se consideraram preparados para lidar adequadamente com pacientes terminais; entretanto, acreditam necessitar de constantes preparos para o enfrentamento da morte. Conclusão: A atuação fisioterapêutica nos cuidados paliativos implica em uma abordagem que procura melhorar a qualidade de morte dos idosos em terminalidade, tornando-se primordial a visão ampliada do cuidar em sua extensão humanística e integral, naturalizando o processo de terminalização da vida, mesmo quando ocorre através do doloroso processo de adoecimento, sendo um desafio atual para o fisioterapeuta, quer seja em sua formação ou em sua práxis." 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