A proposta de desenvolver este trabalho surgiu a partir de nossa inserção junto a Rede Nacional de Pessoas Vivendo e Convivendo com HIV/aids – Núcleo de Campina Grande PB, desde o ano de 2012, trata-se uma organização não governamental, que vem trabalhando no sentido de dar apoio social, jurídico e psicológico as pessoas vivendo e convivendo com AIDS, além de fazer um trabalho educacional na prevenção do vírus.A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida mundialmente conhecida como AIDS, foi identificada inicialmente nas cidades de São Francisco e Nova York nos Estados Unidos, no ano de 1981, chegando a ser diagnosticada no Brasil em 1982 na cidade de São Paulo. A doença atingiu inicialmente homossexuais, prostitutas e usuários de drogas ilícitas , no entanto esse perfil foi se modificando ao longo do tempo e atualmente, a epidemia de HIV/AIDS ultrapassa o campo biológico e destaca-se por afetar indivíduos que se encontram vulnerabilizados nos diversos aspectos sociais, econômicos e culturais. Apresenta características como: Feminização, juvenização, interiorização, envelhecimento e pauperização. Hoje observamos também que a doença atinge diferentes faixas etárias da população, dentre estas, os idosos. O aumento do índice de pessoas que vem adquirindo o vírus da AIDS na terceira Idade demonstra que se trata de uma questão que remete das autoridades e da sociedade em geral uma reflexão acerca do assunto. É importante considerar que o crescimento da doença junto ao segmento dos idosos, deve estar associado a dois fatores: primeiro a longevidade da população e o prolongamento da qualidade de vida, o que consequentemente prolonga também a vida sexual. O segundo fator é que existe ainda o tabu de se falar de sexualidade na terceira idade.Embora o Ministério da saúde reconheça desde 2001, a necessidade de formar ações preventivas e educativas destinadas para este público são pouco significativas. O tabu de se falar de sexualidade na terceira idade, faz com que o número de idosos contaminados pelo vírus HIV venha crescendo de forma significativa, atingindo diferentes indivíduos inclusive os idosos. Destaca-se que de 1996 a 2006 houve um aumento significativo de casos notificados em indivíduos com idade superior a 50 anos. Ressalta-se ainda nas pessoas com mais de 60 anos, que as notificações dobraram (RADIS, 2008).Mediante isso é notório que algo deve ser feito, medidas de proteção/prevenção devem ser tomadas, haja vista, inúmeros fatores contribuem para os casos de AIDS na terceira Idade, são fatores sociais culturais, políticos entre outros, não se pode ignorar a realidade, dados nos mostram o aumento considerável da população idosa que vem adquirindo o vírus exigindo um maior investimento em políticas de prevenção voltadas para tal segmento populacional.