Este trabalho versa sobre a herança da escravidão deixada a mulher negra e as implicações (re)estrutradas no sistema capitalista que tem na sua base a desigualdade faz com que nessa reprodução cotidiana se naturalize opressões, violências e a subalternização de uma raça: a raça negra. A abordagem preterida é crítico-dialética por entender que é preciso acompanhar o movimento do objeto apreendendo a totalidade em que ele está inserido. Desta forma quando nos referimos a uma pirâmide das relações de poder o individuo que sofre mais com a exploração sem duvidas é a mulher negra, por reconhecermos que quem nasce em especifico no Brasil com a cor “mais clara” tem notadamente privilégios na sociedade. Então falarmos da miscigenação como algo positivo é negar que um conjunto de fatores que direcionavam a um pensamento que era preciso embranquecer o povo na colônia chamada Brasil. Partindo dessa concepção tudo o que é associado a negro é considerado ruim, isto é um construto social de negação a uma identidade racial, por isso muitas pessoas não se reconhecem como negros(as) na possibilidade de serem aceitos pelos outros não negros. Deste modo é primordial entendermos que o racismo é determinante na qualidade vida de negras e negros e este é o
ponto de partida para a proposição de políticas públicas e sociais com recorte de gênero e raça para que desta forma visualizemos a equidade social.