As reviravoltas sociais que permeiam as novas literaturas nos trazem uma pergunta muito atual: Por que abordar gênero na escola ainda é tão polêmico? As famílias que antes eram vistas pela triangulação Mãe (mulher), Pai (homem) e filhos (meninos e meninas), com padrões e estereótipos definidos, passaram a ter outros contextos sendo assim vemos novas formatações familiares. A literatura dá oportunidade de debatermos conceitos de relevância social e que podem florescer sobre uma perspectiva didática no campo da literatura infantil e juvenil. O tema explorado se encontra no livro infantil Olívia tem dois papais e trata da homoafetividade ou da homoparentalidade com a narração do cotidiano de uma criança em seu lar. A importância de se tratar de um tema delicado e ainda pouco explorado denota que a literatura vai além da imaginação, dando acesso a temas de difícil concordância, porém, facilita a compreensão e ameniza discursões no contexto escolar, apesar das limitações de ordem pedagógica, sociológica, curricular entre outros, assim é certo que está perspectiva ainda demandará tempo, o mesmo ocorre com a inclusão de outras demandas sociais tais como: religião, diversidade racial e a sexualidade no combate da violência excludente. Ao utilizar o “paradidático” que tem na sua escrita o zelo de não chocar leitores, pais, professores, e sim, informar, advertindo sobre uma nova realidade.