A constante da curvatura (W’) representa a quantidade total de trabalho que pode ser realizado acima da PC, e tem sido associado com a depleção de substratos e com o acúmulo de metabólitos envolvidos no processo de fadiga muscular. Estudos têm demonstrado que, além de apresentarem aumento após o treinamento de alta intensidade, tanto o W' quanto a força máxima apresentam correlação significante entre si. Portanto, além de aspectos relacionados ao esgotamento de reservas energéticas e o acúmulo de metabólicos, aspectos neuromusculares também podem ser importantes para explicar este parâmetro. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar e comparar os efeitos do treinamento neuromuscular no pico de torque isométrico (PTI) e W'. Participaram deste estudo 16 indivíduos do gênero masculino (26 anos, 175 cm, 72,2 Kg). Os indivíduos foram submetidos aos seguintes protocolos, em diferentes dias, antes e após um período de 3 semanas de treinamento neuromuscular: 1) Familiarização ao dinamômetro isocinético; 2) Teste de contrações isométricas máximas para determinação do pico de torque isométrico (PTI), e teste de contrações isométricas intermitentes no modo all-out (5 min), para determinação do TC e do W’ dos músculos extensores de joelho (EJ). Os testes foram realizados nos membros dominante e não-dominante. O treino consistiu em 3 séries de 10 contrações isométricas máximas, com 4 s de duração e 2 s de repouso, com 2 min de descanso entre as séries.Os dados obtidos foram expressos em média ± DP. A existência de normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk. A comparação dos valores de W' e PTI antes e após o treinamento foi realizada pelo teste t Student para dados pareados, a correlação entre o PTI e o W' foi realizada pela correlação de Pearson. O PTI apresentou aumento significante após o treinamento tanto no MD (Pré = 295,7 ± 58,4 N.m; Pós = 332,1 ± 54,4 N.m) quanto no MND (Pré = 276,0 ± 57,0 N.m; Pós = 313,8 ± 62,3 N.m) (p