Na rotina de trabalho do professor é comum a presença de diversos fatores estressores como excesso de carga horária, jornada dupla de trabalho, baixos salários, precarização e desvalorização da função docente. Estes fatores estão presentes de maneira constante na profissão do professor e prejudicam sua saúde física e psicológica, desencadeando emoções e sentimentos negativos em sua profissão, ocasionando em algumas situações o burnout. O burnout é uma síndrome de esgotamento que interfere na saúde física e mental do professor de modo prejudicando a sua relação com a sua função docente, afetando diretamente o seu estado emocional. O estilo de vida é compreendido como um conjunto de ações cotidianas que reflete as atitudes e valores das pessoas. Sendo a incorporação de um estilo de vida saudável uma condição importante para a preservação do estado de saúde, estaria ela também relacionada com a incidência do burnout em professores? O objetivo do estudo foi analisar a relação do estilo de vida com a incidência do burnout em professores. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UEMG (30344414.2.0000.5525). Participaram 150 professores, de ambos os sexos, com idade média 39,2 (+9,3) e com mínimo de 2 anos de docência no ensino público estadual da região metropolitana B de Belo Horizonte/MG. Para a coleta de dados foi aplicado o Questionário de Dados Demográficos, Maslach Burnout Inventory-ED (MBI-ED, versão traduzida) e o Questionário Perfil do Estilo de Vida Individual (PEVI). A coleta de dados aconteceu no segundo semestre de 2016. Para análise de dados foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio padrão). Os procedimentos estatísticos adotados foram o teste de Shapiro-Wilk, teste de correlação de Spearman e análise de regressão linear. O nível de significância adotado foi de p