O lazer e a qualidade de vida estão cotidianamente presentes nas mídias. Aparecem de forma conexa e com forte apelo mercadológico. O objetivo deste trabalho foi trazer à discussão, junto a um grupo de mulheres, a temática do lazer relacionada a qualidade de vida e a partir das discussões identificar de que forma o lazer está presente no cotidiano dessas mulheres. O trabalho foi realizado com um grupo de 15 mulheres que se encontram regularmente na quadra do Jardim Panorama, bairro de periferia urbana da cidade de Rio Claro. A metodologia escolhida foi a pesquisa qualitativa com inspiração na fenomenologia. Após tabulação dos dados e análise, evidenciou-se que o grupo de mulheres tem uma concepção sobre o lazer na qual este é fortemente atrelado a atividades formais em academias e clubes, mas que parte do grupo também considera lazer diversas atividades que possam lhe trazer prazer sem a necessidade de custos ou equipamentos. A partir desses diálogos dois caminhos possíveis se apresentam, seguir na manutenção desse lazer que prega a qualidade de vida do ponto de vista capitalista e midiático ou investir numa vida de qualidade onde o ser é mais importante do que o ter e a vida seja o ponto de partida para a construção de uma cultura do e para o lazer sem a necessidade de altos investimentos, apenas prazer.