Artigo Anais do X Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XVI Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

ANÁLISE DAS EMOÇÕES RELATADAS E COMPORTAMENTO RESPIRATÓRIO DURANTE O LANCE LIVRE NO BASQUETEBOL

Palavra-chaves: PSICOLOGIA DO ESPORTE, DESENVOLVIMENTO HUMANO, TECNOLOGIAS, BIOFEEDBACK Comunicação Oral (CO) AT05 - ESTADOS EMOCIONAIS E MOVIMENTOS; ABORDAGENS SOCIOCULTURAIS DO CORPO
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Publicado em 15 de junho de 2017

Resumo

As emoções podem gerar grandes variações no desempenho esportivo, tanto positivas quanto negativas. Há indícios na literatura que algumas reações fisiológicas periféricas como a frequência cardíaca e respiratória são bons indicadores de alterações comportamentais. No basquetebol, o lance livre se caracteriza como uma habilidade motora fechada, com grande importância na pontuação final dos jogos. Desta forma, este estudo descritivo teve como objetivo analisar o comportamento respiratório de atletas universitárias de basquetebol durante o lance livre, observando se as emoções positivas ou negativas influenciaram no padrão respiratório. Assim, foram investigadas nove atletas de uma equipe feminina de basquetebol universitário (± 23,6). O instrumento para coletar os dados referentes à respiração foi o biofeedback Nexus-10, esse dispositivo permite visualizar alterações nos parâmetros fisiológicos periféricos das atletas, e relacioná-los com seus estados emocionais. Como procedimento, informamos às atletas que disputariam de forma individual, ou seja, aquela que apresentasse maior pontuação venceria o desafio. O teste consistia em realizar cinco arremessos em três séries, totalizando quinze tentativas, com intervalo de um minuto entre as séries. Antes de iniciar o teste, as atletas relatavam livremente uma emoção. Para a análise dos dados foi calculado a média de acertos do grupo com emoções positivas, em comparação ao grupo que apresentou emoções negativas. Para o biofeedback, o padrão respiratório foi apresentado em forma de gráfico. Quanto aos resultados, cinco atletas manifestaram emoções negativas (sendo três “ansiosas”, uma “tensa” e outra “cansada”), outras quatro disseram estados neutros ou positivos (duas “normais” e duas “tranquilas”). Com relação ao desempenho, as atletas que relataram uma emoção considerada neutra ou positiva obtiveram pior desempenho (± 2,83) em comparação àquelas que verbalizaram uma emoção negativa (± 3,00). Quanto ao padrão respiratório, às atletas de ambos os grupos apresentaram pouca consistência, indicando a falta de rotinas pré-ação como forma de potencializar o desempenho esportivo no lance livre. A literatura aponta que estados fisiológicos são idiossincráticos, ou seja, particulares em cada pessoa ou atleta. No caso desse grupo, independente da emoção relatada, é importante indicar em futuros estudos as zonas de ótima performance, assim como outras pesquisas que identificaram a probabilidade do bom rendimento esportivo entre zonas de baixa ativação, até zonas de elevado estresse e excitação fisiológica. Por fim, espera-se que este trabalho seja o início de um estudo longitudinal com as atletas, com dados detalhados e precisos sobre a preparação psicológica. Entretanto, vale ressaltar a importância dos trabalhos de campo na tentativa de solucionar problemas da preparação esportiva geral de atletas. Apoio CAPES.

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