O envelhecimento ativo é um processo saudável sendo muito mais do que a ausência de doenças, fazendo com que todos possam apreciar uma boa qualidade de vida e serem reconhecidos como úteis na sociedade. Porém, no processo de envelhecimento, a pessoa idosa passa por um processo de senescência e senilidade, que resulta na diminuição gradativa das suas funções vitais, aumentando a fragilidade nessa faixa etária. Destarte, é importante que os idosos, além de praticar os hábitos saudáveis de saúde, tomem conhecimento a cerca dos mesmos, dos seus direitos, para quando necessário, fazê-los ser cumpridos. Objetivou-se relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA) na produção de uma atividade educativa voltada para a população idosa, sobre seus direitos, com base no Estatuto do Idoso. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no Centro Social Urbano e Rural (CSUR), no município de Crato, Ceará. Sendo efetivada em outubro de 2012, com um grupo constituído de 16 idosos na faixa-etária de 60 a 78 anos, frequentadores de atividades promovidas pelo corpo de bombeiros desse município. A ação foi realizada em um único encontro. No seu desenvolvimento foi utilizada a estratégia audiovisual, caracterizada pela exposição de vídeos e distribuição de panfletos, com os principais tópicos do Estatuto do Idoso que as participantes precisavam conhecer. Também, realizamos uma peça teatral intitulada “Os direitos dos Idosos”, em que foram abordadas situações cotidianas em que os idosos geralmente têm seus direitos violados. Ainda, foi possível que eles pudessem expor os conhecimentos, vivências e experiências que os circundam diante desse tema. Notou-se expressiva receptividade dos participantes frente às orientações explanadas pelas acadêmicas, permitindo que eles fizessem uma análise crítica-reflexiva, comparando a realidade ao que é preconizado no referido estatuto e percebendo as diferenças ou igualdades existentes. Como também, constatamos os participantes conheciam alguns de seus direitos e lutam para que eles sejam respeitados. Os resultados desta experiência enfatizam a necessidade de realização de ações de caráter educativo e participativo voltadas para a população idosa pelos profissionais de saúde. As ações desenvolvidas por esses profissionais, devem ter embasamento científico, mas com senso crítico e reflexivo, para que possam repercutir diretamente na qualidade de vida da população como um todo.