Introdução: Na população idosa verifica-se uma diminuição progressiva na capacidade cardiorrespiratória e em contra partida, um aumento da massa corporal, resultante de maior adiposidade. Essa condição pode acarretar um déficit nas suas atividades diárias, interferindo na qualidade do processo de envelhecimento. Objetivo: Correlacionar a influência dos valores de IMC com a condição cardiorrespiratória em idosos que iniciaram a prática de atividade física no projeto de caminhada na água da UFRN. Metodologia: A natureza da pesquisa é básica, cuja técnica para a coleta de dados foi descritiva-correlacional. A população do estudo foi de 57 idosos integrantes do Projeto Caminhada na Água para Idosos, aprovado pela PROPESQ/UFRN sob o código (código PVD8486-2013). A amostra foi composta por 19 sujeitos, com média de idade de x= 68,6 + 4,7 anos, sendo 8 do sexo feminino e 11 do feminino, selecionados de forma não probabilística e intencional. Utilizou-se para determinar o IMC uma balança com estadiômetro Welmy, com precisão de 0,100g e 0,1cm, respectivamente. O teste de 1 Milha (1.609 m) foi aplicado na pista adaptada do ginásio 1 da UFRN, usando um cronômetro, e frequencímetro da marca Beurer modelo PN25. Os dados do IMC foram coletados na sala do Laboratório de Atividade Física e Saúde (LAFIS) da UFRN, no turno vespertino, entre as 15h30h as 18h00min. O teste de 1 milha foi aplicado nos mesmos dias e horários. A análise estatística foi feita com dados descritivos, com medidas de tendência central, distribuição de frequências e dispersão. Também, lançou-se mão do teste de correlação de Pearson, admitindo-se um valor de p≤0,05. Resultados: Após todo o processo de análise dos dados, observou-se que a amostra apresentou valores médios para o IMC de x= 29,6 + 5,3 kg/m², sendo valores considerados como sobrepeso. Tratando-se dos resultados do teste de 1 milha, obteve-se para a variável cardiorrespiratória um valor médio do Vo2 max de x= 22,3 +6,8 ml. Kg.min-1. Ao cruzar as variáveis para verificação de possíveis correlações, pôde-se identificar que o IMC não se torna para esse estudo uma variável fiel para análise de composição corporal, visto que os sujeitos com condições atléticas à capacidade cardiorrespiratória apresentarem valores altos quanto ao IMC, sendo assim classificados como primeiro grau de obesidade (r=0,316; p= 0,152). Conclusões: Na análise estatística não ficou evidenciado correlação entre o IMC e o Vo2max, uma vez que os sujeitos classificados com condição atlética no teste de 1 Milha apresentam obesidade de primeiro grau segundo o IMC. Sugere-se uma avaliação antropométrica mais completa para justificar os dados encontrados, uma vez que o IMC preconiza apenas a massa corpórea, desprezando assim o peso muscular e ósseo.