Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

LINFANGITE ESTREPTOCÓCICA, UMA INFECÇÃO BACTERIANA DA PELE: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO.

Palavra-chaves: ERISIPELA, PATOLOGIA, FERIDAS Pôster (PO) AT-01: Medicina
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Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

A Linfangite Estreptocócica (LE), conhecida por Erisipela é uma infecção dermo-hipodérmica aguda, não necrosante, geralmente causada pelo estreptococo β–hemolítico do grupo A. Em mais de 80% dos casos situa-se nos membros inferiores e são fatores predisponentes a existência de danos na pele, o linfedema crónico e a obesidade. O presente artigo objetiva expor as principais características clínicas e patológicas da LE, bem como seu tratamento. Trata-se de um estudo descritivo, a partir de levantamento bibliográfico, no qual foi realizada revisão da literatura utilizando os bancos de dados MEDLINE, LILACS-BIREME, COCHRANE e SCIELO e empregando os descritores e palavras-chaves: Erisipela; Patologia; LE; Feridas e lesões; Diagnóstico, Tratamento. A LE é uma patologia com alta prevalência na prática clínica, apresentando de 10 a 100 casos por 100.000 habitantes/ano, com maior incidência em pacientes do sexo feminino. Frequentemente, surge em decorrência de ruptura da integridade da epiderme, ou seja, é necessária uma lesão na pele ou na mucosa para que ocorra o processo infeccioso. A partir disso, a bactéria dissemina-se pelos vasos linfáticos e pode atingir o tecido subcutâneo, o que causa o quadro sintomático da doença. A lesão típica da LE é caracterizada por uma faixa eritematosa com bordas bem delimitadas acompanhada de endurecimento, edema, aumento da temperatura local. Podem evoluir rapidamente para um estado mais grave com desenvolvimento de bolhas, úlceras e até necrose sobre a área lesionada. O diagnóstico clínico pode ser uma alternativa rápida uma vez que o isolamento do agente raramente é conseguido. Para o tratamento, em estágios mais crônicos pode ser através da estabilização do quadro clínico de base, hidratação da pele e tratamento do edema quando possível. Já quando o paciente apresenta sepse grave ou alguma outra condição clínica que implique maior gravidade devem ser internados e receber tratamento parenteral. Por fim, colocamos que seria de grande valia a realização de novos estudos, em especial aqueles que tragam dados epidemiológicos sobre a doença dermatológica, relacionando com aspectos sociodemográficos e ambientais.

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