As Lesões por Pressão (LP) continuam sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade, causando danos consideráveis aos pacientes e impactando em sua qualidade de vida e de seus familiares, gerando um problema social e econômico, além de ser considerado um significativo problema de saúde pública em todos os ambientes de atendimento. A cicatrização de feridas é um processo tecidual extremamente complexo e o tratamento das LP deve ser implementado quando as medidas preventivas não foram suficientes. A fisioterapia é uma área que dispõe de alternativas de tratamento que podem acelerar o processo de cicatrização, como por exemplo, o uso de agentes físicos. Desta forma, este trabalho se propôs a relatar a experiência de um caso onde se utilizou a eletroestimulação de alta voltagem (EEAV) no reparo tecidual de uma lesão por pressão no ambulatório do Hospital de Ensino do Vale do São Francisco, em Petrolina-PE, em março de 2016. Após a aplicação de 3 sessões de EEAV, foi realizada uma nova avaliação fisioterapêutica da ferida, constatando-se melhora qualitativa de alguns quesitos como eritema da área de lesão, redução do edema das bordas da ferida e aumento do tecido de granulação com epitelização. Observou-se também redução do tunelamento da LP e aproximação das bordas(contração da ferida), com visível redução da distância crânio-caudal e melhora da cicatrização da ferida. Tratamentos com a eletroestimulação de alta voltagem podem ser uma alternativa viável que pode promover redução de dias de internamento e de quantidade de curativos realizados, dessa forma reduzindo significantemente os gastos dispendiosos que o Sistema da Saúde possui com o tratamento convencional para as LP.