A escola é o local onde se deveria ter maiores investimentos para que se pudesse formar cidadãos capacitados em suas variadas ocupações, sendo, portanto, a instituição responsável por criar estratégias e métodos de ensino que satisfaçam as demandas da sociedade, prioritariamente quando se fala em promoção da saúde, higiene e sexualidade, através da introdução em seu currículo de ferramentas que proporcionam o debate contínuo e inovador. E isto se daria de forma mais eficiente se tais metodologias fossem aplicadas nas aulas das disciplinas mais relacionadas com a área da saúde, como é o caso da Biologia. O papel do professor enquanto ser atuante na concepção de um modelo de sala de aula inovador é imprescindível para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem voltado para a promoção da saúde. Sabe-se que ainda há muita resistência na inserção de temas como a sexualidade, pois nossa sociedade é construída em pilares conservadores, com ideias preconceituosas e de valores deturpados. No entanto acredita-se que os esforços são compensatórios quando se tem mesmo um pequeno avanço na criação de novas formas de ensinar, que contemplem as necessidades imediatas dos alunos, onde os mesmos são vistos como sujeitos ativos no processo de aprendizagem, trazendo seus conhecimentos prévios para a escola, e junto com o professor elaboram o saber. Dessa forma, a disciplina Biologia deve tratar dessas temáticas tão importantes, mais especificamente para os adolescentes no ensino médio, uma vez que a adolescência se constitui numa fase da vida geralmente carregada de conflitos, deixando os jovens estudantes mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças, decorrentes de fatores relacionados à saúde inadequada, falta de higiene e falta de informações sobre sexualidade, ressaltando-se as doenças sexualmente transmissíveis. E para cumprir o papel de inovação tecnológica e curricular, o conteúdo da Biologia deve seguir sempre centrado na capacitação dos profissionais envolvidos na transmissão do conhecimento, cabe um repensar em metodologias emergentes que possam reduzir os riscos de se contrair doenças nos alunos, e que esta premissa possa atingir a comunidade no entorno da escola.