A esquistossomose ocupa o segundo lugar entre as doenças infecto-parasitárias de maior prevalência do mundo. No Brasil se concentra o maior número de casos registrados da doença, ocorrendo em 19 das 27 unidades federativas. Apesar da redução na prevalência da esquistossomose como um todo, ainda existem localidades onde a doença persiste, impondo assim um grande desafio para o Ministério da Saúde, cujo meta é eliminar a esquistossomose como problema de saúde pública no país. Este trabalho tem como objetivo conhecer a distribuição dos casos registrados de esquistossomose em cidades paraibanas assistidas pelo PCE durante os anos de 2010 e 2014. Trata-se de um estudo ecológico do tipo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos na base de dados do SISPCE – Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. Os dados foram tabulados e submetidos a análise descritiva por meio do programa Microsoft Office Excel 2013. Durante o período estudando, 214.006 pessoas receberam o recipiente para a coleta de material para realização do exame, sendo que apenas 170.326 pessoas realizaram o exame coproscópico. Destes que realizaram o exame, 10.895 (6,4%) pessoas tiveram ovos de Schistossoma mansoni identificados no exame. Entre 2010 e 2014 as cidades paraibanas que apresentaram maior prevalência de casos registrados de esquistossomose foram: Caaporã, Conde, Alhandra e Lucena. O número de casos tratados em 2010 era quatro vezes maior do que em 2014, já o número de pessoas não tratadas por ausência em 2014 aumentou cerca de 130% dos casos em relação a 2010. Dessa forma, ressalta-se a necessidade de ações de controle e vigilância mais efetivas para o combate da esquistossomose nas cidades paraibanas, principalmente em Caaporã, Conde, Alhandra e Lucena. Assim como políticas voltadas para a promoção e educação em saúde da população para minimizar os riscos de contaminação.