O crescimento do diabetes mellitus é comumente proporcional a idade. A importância dessa enfermidade é dada pela constatação do envelhecer em diversos países. A tolerância à glicose em jejum geralmente é relacionado ao processo do envelhecimento, ou indica uma etapa evolutiva do desenvolvimento do diabetes mellitus. Dentro da terapêutica, em 1993 foi demonstrado que níveis de glicemia próximos da normalidade diminuem drasticamente, ou previnem as complicações com insulina. A administração realizada com seringa e agulha é um fato histórico, considerado doloroso e traumático. Há cerca de 15 anos, para otimizar a terapêutica insulínica, canetas injetoras pré-carregadas ou reutilizáveis foi sintetizadas. Os benefícios da utilização dessa terapia são notórios, particularmente o uso tem sido vantajoso no público com idade mais avançada, pela conveniência, facilidade e com isso o estímulo ao autocuidado. Objetiva-se com esse trabalho relatar e refletir o enfrentamento observado pelos integrantes do Pró-Saúde/PET-Saúde*, de pacientes idosos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde no município de Lagoa Seca-PB que passaram a utilizar canetas injetoras como insulinoterapia. Essa otimizada terapêutica insulínica foi incorporada pela Secretaria de Saúde, beneficiando três idosos com diabetes mellitus dos 35 atendidos na UBS. O acompanhamento foi realizado com visitas domiciliares no mês de fevereiro e março de 2013, conjuntamente a eventuais encontros com os idosos na unidade de saúde. Os três idosos receberam as canetas no mesmo período e de mesmo fabricante, só em posologias diferenciadas. A primeira aplicação foi realizada na unidade para o levantamento de instruções ao próprio idoso e cuidador. O receio pelo novo tornou-se nítido, mas nas aplicações subseqüentes a facilidade de manuseio prevaleceu em comparação ao uso da seringa. Em alguns poucos dias, o próprio idoso já realizava a auto administração. Por conta da adaptação, o controle glicêmico era rigoroso. Alterações glicêmicas maléficas não foram visualizadas, pelo contrário, em dois dos idosos, foi obtida a normalidade dos padrões, o que quase nunca era observado, quando eram utilizadas as seringas, provavelmente pela maior segurança da dose. Com o controle da glicemia sinais e sintomas que já faziam parte do cotidiano dos sujeitos, tornaram-se escassos ou até mesmo foram eliminados. Nos casos relatados, no momento da aplicação a diminuição da dor ficou evidente, tanto por relatos verbais, como por expressões realizadas pelo idoso; a facilidade de manuseio; maior segurança; conveniência; facilidade e conforto são evidências que indiscutivelmente torna-se válido a troca da insulinoterapia. A saúde do idoso muitas vezes encontra-se restrita ao uso de medicamentos controlados, e em especial aos portadores de diabetes mellitus. As aplicações por meio de injeções insulínicas culminam na dependência e carência da qualidade de vida. As canetas de insulina evidenciam, além dos benefícios citados anteriormente, o fácil transporte pelo seu formato anatômico em que, o idoso pode utilizá-la com maior discrição em lugares públicos. O fato é que, o uso terapêutico da insulina em caneta torna o enfrentamento da doença mais fácil e aprimora qualidade de vida da pessoa idosa.