Este trabalho tem como objetivo analisar a concepção de sequência didática (SD), quando voltada para prática de análise linguística, de professores recém formados de cursos em Licenciatura em Letras (anos de 2012, 2013 e 2014) de uma universidade pública da cidade de Campina Grande-PB. Para realização deste trabalho, estabelecemos como base teórica as noções de sequência didática oriundas do grupo de Grupo de Genebra (DOLZ, NOVERRAZ e SCHNEUWLY, 2004), bem como as contribuições de outros autores sobre esse conceito (ROJO, 2013; LINO DE ARAÚJO, 2013; CUNHA, 2012). Para atingir esse objetivo, elaboramos um questionário, respondido pelos sujeitos participantes desta pesquisa, todos com experiência de elaboração de sequência didática voltada para a análise linguística. Nesse instrumento de coleta de dados, foram feitas várias perguntas sobre a relação entre essa ferramenta de planejamento e essa metodologia de ensino de língua. Esta é uma pesquisa exploratória, realizada a partir de dados documentais, ancorada nos pressupostos da pesquisa interpretativa, tal como entendida nos estudos em Linguística Aplicada. Partindo das respostas dadas pelos professores, pudemos perceber que a concepção SD apresentada por eles se modifica em relação conceito original proposto pelo grupo de Genebra. Esses resultados indicam que a maioria desses professores conhece o conceito de sequência didática, mas parece não desenvolvê-lo da mesma forma apresentada pelos teóricos Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004). Para a maioria desses professores, a elaboração de uma sequência didática não pressupõe necessariamente o ensino de um gênero textual, mas de qualquer um aspecto da língua o qual se deve/necessita ser ensinado.