A elevação dos níveis de poluição é um problema ambiental significativo tanto em países industrializados quanto nos em desenvolvimento, e a busca por alternativas tecnológicas que minimizem os impactos das emissões atmosféricas incentiva a elaboração de projetos, assim como o crescente aumento das pesquisas na área. A poluição atmosférica é um campo de estudo que envolve diversos fatores e, no caso das análises da qualidade do ar são necessários estudos sobre a química da atmosfera, meteorologia, geografia, trânsito, saúde populacional, desenvolvimento econômico, entre outros. O comprometimento da qualidade do ar nos centros urbanos tem sido agravado pelo vertiginoso aumento do número de automóveis em circulação, somados à comercialização de combustíveis de baixa qualidade e à ineficiência na fiscalização da condição de manutenção dos veículos. O monitoramento da qualidade do ar nos últimos anos mostrou que os poluentes presentes em maiores concentrações nos centros urbanos são materiais particulados e ozônio. O material particulado é emitido diretamente pelos veículos, em especial pelos veículos a diesel, além de indústrias e outras fontes. O ozônio é formado na atmosfera mediante reação entre hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio, em presença de radiação solar, sendo esses emitidos diretamente pela frota e demais processos de combustão. No Brasil e no mundo, a má qualidade do ar nos centros urbanos, tem sido diretamente associada às emissões veiculares, sobretudo devido ao crescimento exponencial da frota de veículos nessas regiões, instituindo crescentes preocupações ambientais e de saúde pública. Deste modo, diversos estudos relacionam as emissões poluentes por fontes móveis, com a crescente incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares e alérgicas, principalmente em grupos da população mais sensíveis, como crianças e idosos. A tecnologia mais usada para o controle das emissões veiculares é ainda através dos catalisadores ou conversores catalíticos, em combinação com a injeção eletrônica de combustível. A injeção eletrônica diminuiu bastante a emissão de poluentes (exceto CO2), tendo trazido enormes ganhos em eficiência, redução de consumo, confiabilidade e dirigibilidade.
No Brasil, o controle das emissões de poluentes atmosféricos gerados na queima de combustíveis em veículos automotores teve início em 1987 com a criação do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores - PROCONVE. Esse Programa foi instituído pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, através da Resolução Nº 18 de 1986, complementada e atualizada pelas Resoluções Nº 8 de 1993, Nº 14, Nº 16 e Nº 17 de 1995 e Nº 226 de 1997. O PROCONVE teve como principal meta, a redução da poluição atmosférica pelas fontes móveis, através da fixação dos limites máximos de emissões de gases e fumaça, induzindo o desenvolvimento tecnológico no seguimento de veículos novos e estabelecendo exigências de manutenção adequada para os veículos em circulação através de ensaios padronizados