BRAZ, Rafael Francisco. Os seres imortais e suas histórias de amores eternos. Anais VI ENLIJE... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/26087>. Acesso em: 23/11/2024 22:44
Ao longo da história da literatura, a humanidade sempre procurou exprimir através da escrita aquilo que a inquietava, perturbava ou tranquilizava, num processo catártico que só encontrava paralelo nas outras artes. Dessa forma, a literatura tem sido permanentemente um reflexo da época em que foi produzida, dando expressão aos seus sonhos e receios. Nosso artigo tem como objetivo analisar as histórias de amor, ou mesmo, o mito do amor romântico encontrado na literatura gótica de O Diário de um Vampiro, de L. J. Smith e da Série Crepúsculo, de Stephenie Meyer. Fundamentamos nosso artigo à luz de Durant (2002), Laplatine e Trindade (1997), Todorov (2010) e Chevalier e Gheerbrant (2009). A análise nos mostra que mundo em que vivemos evolui a cada dia e, com ele, nós somos obrigados a evoluir também, se não quisermos ser esmagados pelo peso da mudança. Nessa evolução, são alterados os códigos de conduta, as regras sociais e as normas que regem a nossa existência. O Gótico mostra-nos novas manifestações das nossas angústias e novas formas de lidar com elas. Da mesma forma, as personagens desenvolvidas pela Literatura Gótica ganham nova vida à luz das épocas que passam, reinterpretando-se e reinventando-se. O vampiro é uma dessas personagens góticas e uma das que melhor tem demonstrado esta capacidade de adaptação, marcando presença em todas as décadas desde o seu aparecimento na literatura.