Diversos são os estudos sobre envelhecimento e outros sobre qualidade de vida, mas poucos se adentraram na relação entre a saúde do idoso e sua qualidade de vida, principalmente no que se refere ao contexto regional. Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção dos idosos integrantes de grupos de convivência do município de Santa Cruz/RN acerca da sua qualidade de vida (QV). Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de natureza quantitativa, realizado com 190 idosos, durante período de abril a agosto de 2011 nos Centros de Convivência do Idoso e residências da zona urbana de Santa Cruz/RN. Para coleta de dados, foi utilizada a entrevista estruturada, guiada por formulário sócio-demográfico e pela EAQVI para avaliar a QV. Os resultados evidenciaram prevalência de mulheres (71,58%) e idade média de 71,41 anos, predominância de casados (49,47%), agricultores (65,79%), analfabetos (48,95%), com 4 a 6 filhos (36,84%) e aposentados (70,00%). Quanto a QV, medida pela EAQVI, observou-se um escore médio total de 17,06 (71,07%) apontando que os idosos do estudo avaliam sua QV como boa ou satisfatória. Dentre os domínios, destacam-se a intimidade que obteve maior escore médio (84,74%), autonomia (80,13%), participação social (80,39%) e atividades passadas presentes e futuras (76,97%), expressando satisfação nesses quesitos. Outros domínios revelaram neutralidade. Considera-se que os idosos tendem a perceber sua QV de forma positiva, com boa satisfação, resultado que pode estar relacionado à aceitação passiva das condições de vida com resignação e valorização do pouco a que têm acesso, sentimentos muito comuns nessa população.