Introdução: A qualidade de vida dos idosos e seu bem estar é permeada constantemente por desafios relacionados aos problemas da saúde bucal devido a perca dentaria. Uma acomodação em busca de tratamentos e melhorias que almejem a satisfação bucal deve-se a imagem social criada de ser um problema físico relacionado à idade. Objetivo: Investigar a relação entre saúde bucal e qualidade de vida na terceira idade, contemplados pela literatura científica. Metodologia: Para tanto, este estudo trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada na base de dados na Biblioteca Virtual de Saúde. Para coleta de dados referente ao tema foram utilizados os seguintes descritores: ‘saúde bucal’ e ‘idoso’. Foram identificados 892 artigos completos, destes 64 estavam diretamente relacionados à temática e ao objeto de estudo propostos. Os artigos selecionados preenchiam os seguintes critérios: ter sido publicado nos últimos três anos, contemplar como sujeitos da pesquisa a população idosa, ter sido publicado em português e abordar a temática de forma abrangente sem focar nenhuma patologia específica. Resultados e discussão: Mediante a análise da literatura investigada, dividiu-se a apresentação dos resultados nos seguintes temas: 1. Edentulismo. Uma frequente capacidade de mastigação insatisfatória em idosos é devido a perca dentária, pois o edentulismo é visto como uma tendência universal com o aumento da idade, tornando-se prejudicial à alimentação e comprometendo a nutrição e aspectos sociopsicológicos do idoso. 2. Higiene oral prejudicada. Em decorrência da idade há uma limitação física parcial ou total, artrite, dificuldades motoras, depressão, mal de Parkinson e Alzheimer são fatores que podem estar contribuindo para a não utilização de medidas de higiene oral, influenciando negativamente na perspectiva de socialização da pessoa idosa. 3. Negligência de hábitos pessoais de saúde bucal. Identifica-se a ligação que existe entre as histórias de infâncias sem cuidado materno e/ou familiar e a atual condição da cavidade bucal é uma relação de deficiência frente à informação e à assistência odontológica, promovendo danos ao sorriso. 4. Exodontia relacionada a fatores raciais. Em decorrência de atitudes dos profissionais de saúde por optarem pela extração ao invés de qualquer outro tratamento, apresentando um aumento do edentulismo devido a cor de pele, observando-se uma discriminação. 5. Prótese dentária. Em maior contato com o meio externo, tornando-se mais vulnerável a obtenção de doenças, fazendo-se necessário uma maior higiene, não sendo identificado um cuidado por não ser dentes naturais. 6. Saúde bucal e fatores econômico-sociais. A renda torna-se um fator influenciador às frequências de consultas aos serviços odontológicos, observando-se uma quantidade mínima quanto a programas de saúde publica. Conclusão: A partir desse estudo, percebe-se a necessidade de elaboração de políticas e programas de educação em saúde bucal específico para cuidadores de idosos que atendem os aspectos apresentados pela literatura. O tema saúde bucal do idoso deve ser explorado como um aspecto fundamental da senescência e, portanto, um indicador imprescindível da qualidade de vida da pessoa idosa, preservando a autoestima, a estética, a habilidade para mastigação e o sentir sabor, entre outros fatores psicossociais.