Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA E QUEDAS: CORRELAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS NA SAÚDE DO IDOSO

Palavra-chaves: QUEDAS EM IDOSOS, HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA EM IDOSOS, HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA E QUEDAS Tema Livre (TL) Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

A hipotensão ortostática (HO) é considerada um dos principais fatores de risco para ocorrência de quedas entre idosos. Além disso, devido à presença de múltiplos fatores etiológicos associados às alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, os idosos são mais susceptíveis a HO. Nesse sentido, buscou-se revisar a literatura relacionada a essa problemática, na perspectiva de conhecer o mecanismo e as repercussões da HO em idosos, observar a prevalência, bem como, compreender a relação entre a HO e a ocorrência de quedas na população geriátrica. Foi realizada uma pesquisa eletrônica da literatura utilizando, sobretudo, as bases MEDLINE, PubMed e LILACS. Para a busca, foram considerados os seguintes descritores, em língua portuguesa e inglesa: quedas em idosos; hipotensão ortostática em idosos; hipotensão ortostática e quedas; hipotensão ortostática e envelhecimento; barorreflexo e envelhecimento; entre outros. É bem relatado na literatura que a HO é um problema comum entre idosos e está associada à significativa morbimortalidade. A HO é considerada como sendo uma queda de 30% ou mais da pressão arterial sistólica, quando se assume a posição vertical, após estar em posição sentada ou deitada. Ressalte-se que a HO, além de precipitar síncopes e quedas, pode contribuir para infarto agudo do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. Além dos possíveis traumas e do risco de morte, levam à restrição das atividades, ao declínio na qualidade da saúde, à incapacidade (24) e ao risco de internação em instituições de longa permanência. Também se constata que a HO é fácil de medir, porém, apesar da sua importância e facilidade de diagnóstico, não é frequentemente pesquisada no exame clínico do idoso, existindo uma subvalorização desta situação. O aconselhável é corrigir as doenças e distúrbios detectáveis e orientar o idoso para que evite mudanças bruscas de posição supina para ortostática, verificar se as doses e medicamentos - particularmente diuréticos, hipotensores, antidepressivos tricíclicos e neuroléticos - são adequados à idade, incentivar a prática de exercícios físicos para reduzir os processos metabólicos e celulares que levam à atrofia muscular e que contribuem para a instabilidade motora e adequar a nutrição e ingestão de água à idade do indivíduo. Apesar de se verificar uma significativa prevalência de ambos os agravos nessa população, na prática, constata-se que os idosos tendem a sub-relatar a ocorrência de quedas e, por outro lado, os profissionais tendem a subestimar o diagnóstico de HO. Certamente, isso contribui para que a relação permaneça na obscuridade, trazendo prejuízos para identificação e condução de vários casos. O certo é que representam grave problema de saúde pública, cuja dimensão tem sido pouco valorizada e cujo impacto deve ser mais discutido.

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