A região nordeste do Brasil apresenta irregularidade de chuvas e nela o denominado polígono da seca abrange grande percentual de sua área. Um dos maiores entraves para a pecuária dessa região é a escassez de alimentos na estação seca. A palma forrageira (Opuntia fícus indica (L) Mill) se constitui num importante recurso forrageiro para os agroecossistemas da região, uma vez que apresenta características anatomorfo-fisiológicas capazes de acumular uma elevada quantidade de fitomassa em condições de déficit hídrico, com alta eficiência no uso de água. Devido ao grande período de estiagem que a região vem sofrendo e os altos índices de mortalidade do rebanho bovino, decorrente dessa escassez, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a produção da palma forrageira, sob influência da aplicação de adubação orgânica em condições de sequeiro como forma de ajudar os pequenos pecuaristas da região a desenvolver e manter os plantios de palma forrageira com os recursos de que dispõem em suas propriedades. O experimento foi instalado na EAAC/CCAA/UEPB em Lagoa Seca, em dezembro de 2015, em uma área de 2000,0 m2, composta por quatro blocos, cada um medindo 2,0m de largura e 50,0m de comprimento, onde estão instaladas 13 parcelas, cada uma medindo 2,0 m de largura por 2,0 m de comprimento, totalizando 52 parcelas com quinze plantas cada. O delineamento experimental é em blocos casualizados disposto em esquema fatorial 3x4+1, composto por três fontes de adubo (F): F1 = cama de aviário, F2 = esterco bovino e F3 = esterco caprino; quatro níveis de matéria orgânica: 1) NMO + 250g de F; 2) NMO + 500g de F; 3) NMO + 750g de F e 4) NMO + 1000g de F, Onde NMO é o nível natural de matéria orgânica presente no solo; uma testemunha e quatro repetições. As parcelas experimentais foram compostas de três fileiras, contendo cinco raquetes espaçadas entre si de 0,5m. O espaçamento entre as fileiras foi de 1,0m e entre parcelas e blocos, 2,0m. Os dados foram submetidos a análise estatística utilizando-se o programa SISVAR 5.3. A palma forrageira cultivada foi do tipo resistente à cochonilha do carmim (Dactylopius coccus, Costa), adquirida no município de Boa Vista – PB. Por ocasião do plantio, foi necessário deixar os artículos à sombra por dez dias para que ocorresse a cicatrização dos ferimentos ocorridos no corte. As avaliações dos parâmetros de crescimento da palma se deram a cada três meses; sendo monitorados os seguintes parâmetros: número de cladódios por planta, comprimento, largura e perímetro dos cladódios selecionados e a espessura da borda do cladódio. Pelos resultados concluiu-se que os tratamentos utilizados não exerceram nenhuma influência sobre a espessura dos cladódios e que não houve diferença significativa entre as fontes cama de aviário e esterco caprino para as variáveis comprimento, largura dos cladódios e altura das plantas; já o esterco bovino foi o que menos contribuiu para o desenvolvimento das plantas e para a produção. A maior produtividade foi alcançada com a adubação por cama de aviário e atingiu 146,741t/ha.