COSTA, Raíssa Barbosa Da. O sertão azul: representações do nordeste oitocentista. Anais I CONIDIS... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/23999>. Acesso em: 15/11/2024 00:36
O presente artigo é resultado de estudos, reflexões e pesquisas articuladas ao Projeto de Mestrado “As Cores da Mata Branca”, desenvolvido junto ao Programa de Pós Graduação em História, da Universidade Federal de Campina Grande. Concluída em 2013, a pesquisa, que buscou reunir e analisar imagens produzidas acerca do sertão das caatingas nordestinas, no finais do século XVIII e início do século XIX, nos possibilitou estudar a região, pelo olha histórico, a partir de diferente fontes historiográficas, assim, utilizamos para este trabalho os relatórios científicos produzidos entre os anos de 1794 e 1799, pelo naturalista luso-brasileiro Manuel Arruda da Câmara, como também o diário de viagem do itinerante britânico Henry Koster, produzido entre os anos de 1810 e 1811, quando realizou um percurso pelos sertões de Pernambuco, Paraíba, Rios Grande do Norte e Ceará. Contudo, para refletir sobre algumas das características do sertão da mata branca, selecionamos para análise, as imagens e descrições que fazem referência a questão das águas (como as chuvas, os rios, ribeirinhos, cacimbas, lagoas, solo e em termos mais atuais, à evapotranspiração, dentre outros). Por fim, presente artigo, encontra-se constituído de dois subtópicos: A caatinga em perspectiva, no qual tratamos de compreender o lugar sobre o qual nos dispomos a estudar e Da seca às cheias: a água nos sertões das caatingas, no qual elucidamos no trabalho a relação homem e natureza, com base na perspectiva da História Ambiental, além as particularidades da paisagem que é a das caatingas do nordeste, através dos diferentes olhares dos viajantes para o aspecto primário que dá vida ao ambiente, a água.