INTRODUÇÃO: a sociedade apresenta na atualidade grande preconceito em relação à discussão de alguns temas inerentes ao envelhecimento humano, e muitos idosos acabam por interiorizar sentimentos negativos em relação ao assunto. Um deles é a sexualidade na velhice, visto como um tabu para os que têm maior idade, pois a sociedade relega o idoso apenas ao amor platônico ou à abstinência sexual, classificando a velhice como um período de assexualidade. Sendo assim, apesar do desejo do idoso em amar e ser amado, a repressão surge de forma brutal, pois ele acredita que será estigmatizado e marginalizado pela sociedade, impedindo que sua sexualidade seja manifestada¹,². Nessa perspectiva, o estudo busca identificar nos idosos seus conhecimentos, atitudes, crenças e práticas da sexualidade e compreender de que forma o idoso lida com a sexualidade nesta fase da vida. METODOLOGIA: trata-se de um estudo descritivo exploratório de natureza qualitativa, realizado através de entrevista com 21 idosos, participantes de grupos de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na cidade de Natal-RN. A realização do estudo foi iniciada após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, sob CAAE no 0375.0.051.000-11. Após as entrevistas foram realizadas as leituras dos questionários, sendo as respostas agregadas em categorias, para facilitar a análise com base na análise temática de Minayo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: grande parte dos entrevistados descreve a sexualidade como algo indefinido, ou que só está relacionada ao ato sexual. A maioria dos entrevistados afirma que o sexo é importante na terceira idade. Ainda, existem muitos idosos que referem não ter recebido orientações de profissionais acerca da temática. Nos dias de hoje ainda existe, principalmente por parte dos idosos, dificuldade em compreender e se expressar no âmbito da sexualidade. CONCLUSÃO: os idosos apresentam dificuldade em compreender e se expressar no âmbito da sexualidade. Os profissionais de saúde em particular o enfermeiro tem que fazer-se presente na atuação contínua junto à educação sexual aos idosos, como forma de proteger a sua saúde e seu bem-estar biopsicossocial. Por fim, é necessário que os profissionais de saúde orientem e estejam atentos no que diz respeito à sexualidade na velhice, rompendo assim os mitos e preconceitos relacionados a essa temática.