INTRODUÇÃO: apesar de o envelhecimento populacional ser considerado um processo global, tempos atrás esse fenômeno era observado apenas em países desenvolvidos. Com o passar dos anos, ocorreu uma mudança no perfil da população, observando-se também em países em desenvolvimento como no Brasil, que ocupará o sexto lugar em número de idosos, até 2025¹. Contudo o envelhecimento acarreta no aumento significativo das doenças crônico-degenerativas, como a Doença de Alzheimer (DA), que é considerado o distúrbio neurológico mais comumente associado ao envelhecimento². Quanto mais idosa a pessoa, maior a chance de obtê-la. Dessa maneira, na faixa etária entre 65 a 70 anos, em torno de 5% a 8% têm DA, enquanto nas pessoas com mais de 80 anos esse percentual pode chegar a 40%. Considerando sua prevalência de 1% a 1,5 % entre os 60 e 65 anos, e 45% após os 95 anos de idade, essa doença atinge de 17 a 25 milhões de pessoas no mundo³. Diante do exposto o estudo tem o intuito de analisar o cuidar, o cuidar-se e o cuidador familiar de pessoas acometidas com a Doença de Alzheimer (DA). METODOLOGIA: estudo qualitativo, com dez cuidadores familiares predominantemente do sexo feminino, tendo como critério de inclusão a frequência no Centro Especializado na Atenção à Saúde do Idoso, o grau de parentesco e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; e de exclusão: ter idade menor que 18 anos, não realizar o cuidado no domicílio e não estar presente no cotidiano do idoso. A coleta de dados foi realizada no Centro Especializado na Atenção à Saúde do Idoso, na cidade do Natal/RN, por meio de roteiro de entrevista elaborado e aplicado pelas pesquisadoras, iniciada após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e da aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Potiguar/UnP, com o CAAE nº 0032.0.052.000-11 e Protocolo nº 030/2011. Conforme a análise temática houve a leitura dos questionários e as falas foram agregadas em categorias de acordo com a análise temática de Minayo4. RESULTADOS E DISCUSSÃO: a maioria dos cuidadores familiares refere que estão com sobrecarga de atividades por, geralmente, realizar o cuidado sozinho. O cuidador familiar desde a descoberta da DA é submetido aos desafios da doença e diversos sentimentos, aflorados no cotidiano, onde o compromisso de cuidar do outro envolve também a prática do autocuidado. CONCLUSÃO: observa-se que é fundamental para o profissional da saúde compreender como realmente se dá o cuidar. Com isso, é preciso pensar em políticas públicas direcionadas para cuidador familiar, para promover seu bem-estar biopsicossocial.