As plantas medicinais são usadas desde da antiguidade pela civilização humana, no qual tem sido fonte constante de substâncias biologicamente ativas, promovendo o tratamento de uma gama de doenças. A população faz uso dessas plantas como um dos poucos recursos terapêuticos para tratar suas doenças mais frequentes.Além disso, o uso das plantas medicinais estar ligado ao fato dos alto preço dos medicamentos sintéticos as pessoas se rendem à facilidade de se obter as plantas medicinais, que geralmente são cultivadas nos quintais de suas casas.Nesse sentido temos a Caatinga, é uma formação vegetacional exclusivamente brasileiro e situado na região Nordeste e de Minas Gerais, possui grande diversidade de espécies vegetais, sendo muitas delas endêmicas e com adaptações para às condições de estresse ambiental característicos da região semiárida onde estão inseridas (baixa pluviosidade, temperaturas elevadas e altas taxas de evapotranspiração.Diversas espécies vegetais da Caatinga têm sido largamente utilizadas pela população que habita esta região, por conta de suas propriedades medicinais, através de chás e infusões preparados utilizando-se as plantas, sendo empregados no tratamento contra diversas doenças, como câncer, anemia, diabetes, dores, infecções em geral, problemas cardiovasculares, entre outras. Dentro desse contexto, encontramos facilmente a Commiphora leptophloeos que pertence à família Burseraceae, que é uma família de plantas angiospérmicas e pertence a ordem Sapindales, apresenta 21 gênero e mais de 600 espécies.Entre os gêneros encontrados no Brasil temos a Commiphora leptophloeos e que pode ser chamado pela população por diversos nomes dependo da região, como imburana, imburana de cambão, umburana, falsa-imburana, imburana de cheiro, imburana-brava e etc. Agra 2007, em seus estudos relata que essa planta serve como tratamento contra inflamações e infecções, dor reumática, picada de cobra, transtornos do sistema digestivo e respiratório, para construção de casas em comunidade carentes, além de ser um excelente antioxidante.O uso medicinal popular somado à riqueza metabólica que as espécies vegetais da Caatinga apresentam são indicativos de que as mesmas podem ser fontes promissoras de biomoléculas de interesse, com diversificadas aplicações biotecnológicas. Os processos de oxidação desempenham um papel essencial na produção de energia nas células para as atividades biológicas. No entanto, como resultado deste processo, são produzidos radicais livres que, quando em excesso, pode causar danos oxidativos aos principais compostos celulares: DNA, proteínas e lipídios. O desequilíbrio entre esses radicais livres e os antioxidantes (substâncias que estabilizam e/ou eliminam estes radicais) produzidos em nosso organismo causa o chamado estresse oxidativo.Segundo Sousa e colaboradores denominam-se antioxidantes as substâncias que presentes em concentrações baixas, comparadas ao substrato oxidável, retardam significativamente ou inibem a oxidação do substrato. Desta forma, a busca por alimentos ou plantas medicinais que tenham estas propriedades tem aumentado significativamente, uma vez que compostos fenólicos podem promover proteção ao organismo e frequentemente apresentam atividade antioxidante. Tendo em vista as diferentes aplicações populares e considerando a necessidade e a importância da avaliação de plantas e o seu potencial com poder antioxidante, este trabalho teve como objetivo avaliar o extrato aquoso de Commiphora leptophloeos quanto à atividade antioxidante.