O objetivo deste artigo é instigar reflexões a respeito dos processos de exibição das personagens masculinas existentes em O Quinze (1930), da cearense Rachel de Queiroz. E ainda nesse sentindo, almeja-se desmistificar as particularidades pertinentes destes sujeitos, em especial Vicente. Observa-se que as figuras ali presentes, independente de seu gênero, tendem a solidificar as estruturas patriarcais que estão em voga até hoje nos valores sócio-culturais brasileiros. Propõe-se aqui, não fazer uma análise literária do romance em questão, todavia, fazer perceber o quão a figura do homem possui particularidades beneficiadas. Este estudo se estrutura no semiárido do Ceará dos anos 15 do século XX – exposto nesta obra publicada nos anos 30. Colocam-se em pauta nesta pesquisa de cunho literário, as características culturais e estéticas daquele contexto retratadas por Queiroz. Espera-se usar o momento histórico do livro supramencionado, alicerçando-o com o posicionamento do homem na sociedade hodierna, fomentando um pragmatismo reflexivo diante à posição deste e seus privilégios em diversos contextos sociais, perpassando pelo tempo até chegar aos anos 00, que fazem parte daquilo que se chama de pós-modernidade.