INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é uma realidade nos dias atuais. Entre as principais preocupações relacionadas à saúde advindas com a longevidade estão as maiores ocorrências de doenças crônicas, quedas e incapacidade funcional. Desse modo, a avaliação funcional busca verificar, de forma sistematizada, em que nível as doenças ou agravos impedem o desempenho, de forma autônoma e independente, das atividades cotidianas ou atividades de vida diária (AVD). OBJETIVO: Levantar a existência de relação entre o grau de capacidade funcional dos idosos assistidos pela Unidade de Saúde da Família Bonald Filho em Campina Grande e a necessidade de cuidado domiciliar. METODOLOGIA: O presente estudo é um recorte da pesquisa recorte intitulada “Avaliação Funcional dos Idosos Assistidos pela Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Bonald Filho, Campina Grande-PB sendo caracterizado por uma pesquisa transversal de abordagem quantitativa sendo desenvolvida com idosos assistidos da referida unidade. O universo dessa pesquisa foi de 213 idosos e a amostra correspondeu ao número proporcional de idosos entre as seis micro-áreas da ESF investigada. Ao final, foram entrevistados 150 idosos. Os dados foram coletados a partir da aplicação da escala de Katz. A coleta de dados foi precedida por um levantamento de prontuários e seguida de visitas domiciliares aos idosos acompanhadas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Após coleta, os dados foram submetidos á análise estatística descritiva realizada com auxilio dos softwares SPSS, versão 16.0 e Microsoft Excel 2010. RESULTADOS: Foi realizada uma avaliação acerca das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD), na qual 130 idosos são independentes para todas as ABVD, 17 são parcialmente dependentes e 2 são totalmente dependentes. Idosos com incapacidade para as atividades da vida diária apresentaram uma forte associação com a necessidade de um cuidador domiciliar. Dessa maneira, a maioria dos idosos estudados não possui cuidadores (62,6%). Dentre aqueles que possuem cuidadores, a maioria eram parentes de primeiro grau (filho, irmão), correspondendo a 38 dos entrevistados, 08 eram assistidos por parentes de 2º grau (nora, primo, neto), 06 por cônjuge e 04 por pessoas com as quais construíram laços afetivos e não que tinham nenhum grau de parentesco, como ex-nora e amigos. CONCLUSÃO: Apesar da maioria dos idosos da amostra ser independentes para as ABVD, os idosos algum grau de dependência funcional são associados à necessidade de um cuidador. Dessa maneira, é importante o reconhecimento da dinâmica de funcionamento familiar, pois permite a detecção de disfunções e possibilita a intervenção precoce na busca do reequilíbrio dessa estrutura de relações e na melhoria da qualidade assistencial prestada ao idoso.