O binômio espiritualidade e religiosidade constituem as duas das mais comuns e antigas formas que a humanidade possui de atribuir significado para a vida, bem como dá às pessoas mecanismos de enfrentamento de condições adversas, como o câncer. O objetivo desta revisão da literatura é, a partir de estudos qualitativos, avaliar a relação entre a espiritualidade/religiosidade e o câncer. E, nesse sentido, trazer a importância do tema para estudantes e profissionais da saúde e fornecer uma visão mais integral dos pacientes oncológicos. Para a concretização dessa revisão, foi realizada uma busca – seguindo critérios bem delimitados – na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), de onde foram obtidos 29 artigos científicos das bases de dados LILACS, MEDLINE e Index de Artigos Científicos. Verificou-se que a relevância dessa abordagem holística do paciente confronta com o método biomédico, em razão de a religiosidade/espiritualidade do indivíduo ter potencial de interferir de modo positivo ou negativo no enfrentamento do câncer, todavia, há mais relatos de interferências positivas, que se relacionam ao melhor esclarecimento da condição do paciente. Assim, por intermédio da religiosidade/espiritualidade é possível dar um significado à doença, ou ainda ressignificá-la, e enfrentar mais positivamente a enfermidade, logo, constituem-se numa estratégia de enfrentamento capaz de contribuir de forma coadjuvante no tratamento clínico dos pacientes oncológicos, no sentido de – no mínimo – ajuda-los a atenuar sua situação.